Melodias falaciosas

O Ministro do Interror de Angola pensará certamente que nós nos deixámos embalar pelas melodias falaciosas do Louvalozédu, com os sofismas maliciosos dos discursos sobre democracia do Zédu, ou na informação bacoca e sanzaleira, gasosaeificada, da RNA, da TPA ou do JA.

Por Domingos Kambunji

O Ângelo, Ministro do Interror, não é um anjo do paraíso. Quando muito poderá ser um daqueles anjos vampíricos da demóniocracia angolana, um sistema político que muitos designam por cleptocracia ou ditadura zéduardina do MPLA.

Nós já estamos vacinados contra as acções de relações públicas que o Reigime teima em designar por “campanhas difamatórias”. Quando o Rafael Marques e os “Revus” acusaram o Reigime por desrespeitarem a dignidade humana nas cadeias do MPLA (Angola é o MPLA e o MPLA é Angola, como querem fazer acreditar), rapidamente surgiram vários bocas e barrigas de aluguer do Poder a acusá-los de serem inimigos de Angola, de pertencerem a organizações de malfeitores.

Quando o Club-K, o Folha 8 e outros órgãos de informação divulgaram fotografias dos “campos de concentração hitlerianos nas cadeias do MPLA”, com presos esqueléticos, famintos e doentes, um dos kapangas, bem nutridos, cangaceiros do Sistema Penitenciário, veio, muito atrapalhadamente, esclarecer que essas imagens eram antigas, de há dois anos.

O kapanga, cangaceiro do Reigime, com a pressa de tentar desculpar tanta malvadez imposta pelos senhores feudais do MPLA, acabou por tropeçar nas suas mentiras. Mesmo que essas fotografias tivessem sido registadas há dois anos, isso desculparia o comportamento maquiavélico dos donos do poder. Essa desculpa esfarrapada não iliba a cobardia, a malvadez, dos todos poderosos, de serem acusados da prática de crimes contra a humanidade.

O Ângelo, Ministro do Interror, se fosse realmente homem, ser racional, e se tivesse o mínimo de dignidade, já há muito tempo deveria ter pedido a demissão do cargo que desempenha, de uma maneira tão infantil, incompetente, incoerente e despótica.

É este o Ângelo, Ministro do Interror, que nos quis fazer passar por ingénuos anjinhos, quando nos tentou fazer acreditar que o Reigime gasta vinte dólares, por dia, na alimentação dos presos? Se não for o Ângelo o Ladrão, quem mais poderá ser o que anda a roubar o dinheiro destinado à alimentação dos que estão na prisão? Vinte dólares por dia correspondem a seiscentos dólares por mês. Seiscentos dólares dão para pagar quantos ordenados mínimos nacionais? Conclusão: se não for o Ângelo o Ladrão, certamente é um grande aldrabão.

Tudo isto acontece em Angola ao mesmo tempo que a Isabel, através do Sindika “Do Colo” compra diamantes por muitas dezenas de milhões de dólares e o Louvalozédu tenta vender a imagem de que o governo de Angola é honesto e competente, respeitador dos Direitos Humanos.

Nós já estamos vacinados contra as acções de relações públicas que o Reigime teima em designar por “campanhas difamatórias”. Não conseguem arranjar outras desculpas mais esfarrapadas porque já esgotaram todos os outros argumentos falaciosos!

O Ângelo é fácil e tristemente reconhecido como o Ministro do Interror. Ao mesmo tempo, perguntamos, por anda um individuo de nome Rui Mangueira, que diz ser Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos? Certamente que não andará a exercer as funções do cargo para que foi empossado!

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