Unicer culpa Angola

A Unicer anunciou que vai proceder ao ajustamento da sua estrutura, devido à retracção de alguns mercados, sobretudo o angolano, o que vai culminar com o fecho da unidade de produção de refrigerantes em Santarém (Portugal).

E m comunicado, a cervejeira explicou que “vai recorrer a um parceiro para a produção das suas marcas de refrigerantes e, desta forma, desactivar esta sua unidade”, designada Rical – Empresa Produtora de Refrigerantes e Águas, o que levará à dispensa dos seus 70 trabalhadores.

Segundo fonte oficial da empresa, foi encontrada uma solução alternativa para metade destes trabalhadores (35), através de um acordo com o parceiro de negócio, que passará a assegurar a produção e enchimento das suas marcas de refrigerantes, estando ainda a ser identificadas oportunidades de mobilidade interna na estrutura global da empresa para uma dezena de funcionários.

O reajustamento levará à dispensa de mais 70 pessoas da estrutura da empresa, dona da Super Bock, Vitalis e Pedras Salgadas, num total de 140 trabalhadores, valor que deverá ser reduzido para 105 com as soluções encontradas para 35 funcionários.

A denúncia do encerramento da unidade de produção de refrigerantes em Santarém foi feita hoje pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab).

No comunicado, a Unicer explicou que a saída de “pessoas é inevitável”, devido a uma quebra estimada em 30% do mercado cervejeiro angolano, um dos principais mercados externos da empresa.

Esta redução das vendas em Angola, motivada pela crise resultante da queda do preço do petróleo, “terá impacto no desempenho de 2016, com o exercício de 2015 ainda a beneficiar dos efeitos de um rigoroso plano de contenção de custos oportunamente implementado”, adianta a empresa.

“Angola continua a ser um mercado prioritário no negócio da empresa, designadamente no que respeita ao compromisso para com o projecto de investimento industrial em curso”, garante a cervejeira.

Ao mesmo tempo, “a prioridade da Unicer é e será a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos mais de 1.200 postos de trabalho directos, contribuindo, de forma positiva, para a retoma da economia portuguesa”.

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