Como se fosse uma guerra

Como se fosse uma guerra - Folha 8

As Forças Armadas e a Polícia Nacional mostram o que valem e não brincam em serviço. Vai daí, para expulsaram 87 cidadãos (angolanos) que ocupavam ilegalmente residências no Zango II, nos arredores de Luanda.

N ão fossem os ocupantes estarem armados com um arsenal extremamente perigoso, as FAA mostrara que não estão para brincadeiras. E, dessa forma, a Polícia mostrou que a sua especial vocação é dar porrada em que se manifestar, e em quem ousar pensar de forma diferente do regime.

A operação foi conduzida pelo posto Comando Unificado da Região Militar de Luanda e a polícia, porque no grupo dos alegados ocupantes ilegais se encontravam 15 militares, entre oficiais e praças.

Então os militares (oficiais e praças) dessas mesmas Forças Armadas também ocupam casas? Estão a precisar de umas aulas de reeducação patriótica.

Em declarações à imprensa, o brigadeiro Adolfo de Matos disse que os militares envolvidos vão ser punidos, por estar proibido o seu envolvimento em actos de desordem ou desobediência. Muito bem. Eles têm de aprender que devem, como os outros compatriotas, comer e calar.

“Temos sido incansáveis em alertar os militares para não se envolverem em actos desta natureza”, disse o brigadeiro Adolfo de Matos. Mas, pelos vistos, os militares (oficiais e praças) têm tão boas condições de vida que, só para chatear, resolvem ocupar casas.

O oficial das FAA referiu que os militares estão, em conjunto com os órgãos administrativos, a comprovar a legalidade dos documentos apresentados. Por outras palavras, primeiro vão para a rua e só depois se verifica se há, ou não, razões para isso. Também não está mal.

Segundo o oficial das FAA, a Região Militar de Luanda vai continuar a colaborar com os órgãos administrativos do governo provincial da capital angolana para o desencorajamento de tais práticas.

No âmbito do Programa Nacional de Habitação, o Governo angolano elegeu a zona do Zango, no município de Viana, para a construção de várias residências para famílias transferidas de zonas de risco e degradadas do centro de Luanda.

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