A estruturação da oferta turística de Angola deverá passar por uma aposta na atracção de navios de cruzeiro para os portos do Lobito e do Namibe, disse hoje, em declarações à Lusa, o director do instituto público do sector, Eugénio Clemente.
De acordo com Instituto de Fomento Turístico (Infotur) de Angola, o registo de mobilidade nacional aponta para mais de 570 mil turistas que visitaram o país em 2013, número que, defendeu Eugénio Clemente, apresenta uma grande margem de crescimento.
“O movimento pode crescer se continuarmos a trabalhar na estruturação da oferta turística nacional, preparar o país como um destino. Por exemplo, em vez de Angola ser apenas um ponto de travessia para os cruzeiros turísticos, ser também paragem, de logística e atracção dos turistas. Não só Luanda como o Lobito e o Namibe”, apontou o director do Infotur.
O primeiro navio de cruzeiro a escalar Angola atracou no porto da capital, Luanda, a 09 de Fevereiro de 2013, vindo da África do Sul, com cerca de 300 turistas a bordo. Nesse mesmo ano seguiram-se mais quatro navios de cruzeiro.
O Infotur, tutelado pelo Ministério da Hotelaria e do Turismo de Angola, pretende agora articular com os operadores de navios de cruzeiro o desenvolvimento desta área de promoção turística, aproveitando, nomeadamente, os recursos naturais das províncias mais a sul – casos de Benguela (Lobito) e do Namibe -, mas também a maior capacidade de mobilidade e de segurança nestas duas regiões, para potenciar a primeira visita a Angola e o regresso destes turistas no futuro.
“Fazer com que as pessoas não passem só uma vez, mas que queiram regressar, porque se identificam com o destino”, enfatizou Eugénio Clemente.
No caso do Namibe, o objectivo passa por tirar partido do vasto deserto que se estende pela província, enquanto em Benguela as praias e baías da província constituem principal destaque turístico.