Turistas angolanos não deixem os seus gastos por carteiras alheias

Turistas angolanos não deixem os seus gastos por carteiras alheias - Folha 8

Portugal teve um aumento generalizado em Outubro dos gastos de turistas residentes nos maiores emissores, com Angola em posição de destaque, de acordo com dados do Banco de Portugal recolhidos pelo PressTUR, que indicam subidas de 12 dos 13 maiores, dez das quais a dois dígitos.

A ngola foi o emissor líder, tanto em variação relativa, com +54,5%, quanto em valor absoluto, com mais 20,7 milhões de euros, e no pólo oposto esteve o Brasil, de onde Portugal teve a única queda dos 13 maiores emissores em Novembro, ainda que ligeira, em 0,7% ou cerca de 0,26 milhões.

Os dados recolhidos indicam que os maiores contribuintes para os 974,57 milhões de euros de receitas turísticas portuguesas no mês de Outubro foram os britânicos, com 186,45 milhões de euros, seguidos pelos franceses, com 130 milhões, alemães, com 120,97 milhões, e espanhóis, com 110,53 milhões, e angolanos, que em conjunto asseguraram mais de metade (56,2%) do total do mês.

Depois vieram os angolanos, com 58,67 milhões, os norte-americanos, com 47,14 milhões, holandeses, com 44,14 milhões, brasileiros, com 38,34 milhões, irlandeses, com 24,95 milhões, belgas, com 24,46 milhões, italianos, com 17,89 milhões, e luxemburgueses, com 8,22 milhões.

Estes dados, porém, não permitem assegurar que estes foram os 13 maiores emissores, pois ao contrário do que fazia no passado, o Banco de Portugal passou apenas a publicar valores mensais e acumulado do ano para esses emissores, o que impede verificar a evolução de mercados emergentes que estavam a ter crescente importância para o turismo português, como o Canadá, a China, a Rússia, entre outros.

Em todo o caso, os residentes nesses 13 mercados foram a origem, em Outubro, de 85,7% do total de gastos de turistas estrangeiros em Portugal, e até 0,1 pontos acima do mês homólogo de 2013, pois os seus gastos conjuntos subiram 15,4% ou 111,56 milhões, para 835,43 milhões.

Os maiores aumentos em valor absoluto, depois dos angolanos, foram dos alemães, em 18,13 milhões de euros, dos britânicos, em 17,64 milhões, dos holandeses, em 13,36 milhões, dos franceses, em 12,75 milhões, e dos espanhóis, em 11,75 milhões.

Em variação relativa, os dados do Banco de Portugal mostram aumentos a dois dígitos de dez das 13 nacionalidades que realizaram maior valor de despesa em Portugal, de novo com os angolanos na primeira posição, com um aumento em 54,5%, mas neste caso seguidos pelos holandeses, com +43,4%, e pelos italianos, com +31,8%, e pelos alemães, com +17,6%.

Os outros turistas com aumentos a dois dígitos mas já abaixo do aumento médio do mês foram os britânicos, com +10,4%, os franceses, com +10,9%, os espanhóis, com +11,9%, os norte-americanos, com +14,6%, os irlandeses, com +10,2%, e os belgas, com +13,4%.

Também com aumentos, mas abaixo dos dois dígitos, estiveram os suíços, com +7,3%, e os luxemburgueses, com +4,7%.

Globalmente, os dados do banco central indicam os residentes em países europeus que não Portugal asseguraram 78,7% do total de receitas turísticas portuguesas em Outubro, abaixo dos 79,5% de há um ano, porque com um aumento abaixo da média do mês, em 14,2%, para 767,13 milhões.

A segunda origem mais forte foram os residentes no continente americano, com 10,9% do total, quase menos um ponto que há um ano, porque com um aumento em apenas 6,4%, para 106,7 milhões, que reflecte designadamente a queda de gastos dos brasileiros.

Em contrapartida, os gastos em Portugal de visitantes residentes em países africanos subiram a sua participação nas receitas turísticas portugueses em quase 1,5 pontos, para 7,5%, por um aumento do total em 44,8%, para 72,77 milhões de euros, 80,6% dos quais atribuídos pelo banco central a residentes em Angola.

Os residentes em países asiáticos praticamente mantiveram a participação na receita turística portuguesa em 2,1%, com 20,94 milhões de euros, acima de Novembro de 2013 em 12,5% ou cerca de 2,3 milhões.

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