ANA PAULA TAVARES VENCE PRÉMIO CAMÕES 2025

A poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares, autora de uma vasta obra literária em prosa e poesia e de textos científicos, venceu o Prémio Camões 2025, anunciou a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

Ao atribuir o Prémio Camões 2025 a Ana Paula Tavares, é distinguida “a sua fecunda e coerente trajetória de criação estética e, em especial, o seu resgate de dignidade da Poesia”, refere o júri, num comunicado hoje divulgado pela DGLAB.

“O Júri sublinhou que, com a dicção do seu lirismo sem concessões evasivas e com os livres compromissos da produção em crónica e em ficção narrativa, a obra de Ana Paula Tavares ganha também relevante dimensão antropológica em perspectiva histórica”, lê-se no comunicado.

O Prémio Camões, que reconheceu esta quarta-feira a escritora angolana Ana Paula Tavares, tem sido atribuído sobretudo a autores do Brasil e de Portugal, e em 36 anos de história do galardão apenas foram distinguidas outras oito mulheres.

Além de Brasil e Portugal, com 15 e 14 premiados, respectivamente, o Prémio Camões foi ainda atribuído a três personalidades literárias de Moçambique, duas de Cabo Verde e duas de Angola, para além do luso-angolano Luandino Vieira.

Ana Paula Tavares junta-se a oito outras mulheres que receberam este galardão. As autoras brasileiras Rachel Queiroz (1993), Lygia Fagundes Telles (2005) e Adélia Prado, as portuguesas Sophia de Mello Breyner Andresen (1999), Maria Velho da Costa (2002), Agustina Bessa-Luís (2004) e Hélia Correia (2015) e a moçambicana Paulina Chiziane (2021).

O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa, instituído pelos Governos de Portugal e do Brasil, foi atribuído pela primeira vez em 1989, ao escritor português Miguel Torga. Em 2024, distinguiu a brasileira Adélia Prado.

Segundo o texto do protocolo constituinte, assinado em Brasília, em 22 de junho de 1988, e publicado em novembro do mesmo ano, o prémio consagra anualmente “um autor de língua portuguesa que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum”.

A história do galardão conta apenas com uma recusa, a de Luandino Vieira, em 2006.

Visitado 73 times, 14 visitas hoje

Artigos Relacionados

Leave a Comment