Angola e a Total inauguraram hoje a prospecção de um novo campo petrolífero em águas ultra profundas operado pela petrolífera francesa, dando um novo impulso para a recuperação da economia angolana.
O Ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social de Angola, Manuel Nunes Júnior, o Presidente e Director Geral da Total, Patrick Pouyanné e o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Carlos Saturnino, inauguraram hoje o projecto Kaombo, que entrou em produção em Julho deste ano, situado em águas profundas do Bloco 32 a 260 quilómetros da costa de Luanda.
A Total anunciou igualmente a intenção de continuar o seu programa de desenvolvimento no país, após o lançamento em Maio do projecto Zínia 2.
O Grupo Total e as suas associadas tomaram duas decisões de investimento no Bloco 17, situado em águas profundas a 150 quilómetros da costa de Angola, com vista a desenvolver campos satélites que serão conectados às infra-estruturas existentes que contribuirão rapidamente para a produção adicional.
O projecto CLOV Fase 2, que requer a perfuração de 7 poços adicionais, com a previsão de entrada em produção em 2020 e um plateau de produção de 40.000 barris de petróleo por dia (bp/d).
O projecto Dália Fase 3, que requer a perfuração de 6 poços adicionais, com a previsão de entrada em produção em 2021 e um plateau de produção de 30.000 barris de petróleo por dia.
O Zínia 2, o CLOV 2 e o Dália 3 permitirão desenvolver cerca de 150 milhões de barris de recursos adicionais para manter o plateau de produção do Bloco 17 acima dos 400.000 bp/d até 2023, aumentando deste modo a rentabilidade deste prolífico bloco, com mais de 2,6 mil milhões de barris já produzidos.
Em comunicado, o Grupo Total, primeiro parceiro petrolífero de Angola, “orgulha-se de poder inaugurar um projecto de extrema importância em águas profundas, cuja entrada em produção ocorreu em Julho deste ano e constitui um novo marco na história de Angola”, declarou Patrick Pouyanné, Presidente e Director Geral do Grupo Total.
“É com imenso regozijo que hoje partilho o êxito deste projecto com o Presidente da República de Angola, João Lourenço a quem gostaria de enaltecer pelo empenho na melhoria do quadro contratual, igualmente enaltecer o Ministério de Recursos Minerais, a Sonangol e aos parceiros da Indústria, um passo essencial para o lançamento de novos projectos”, afirmou Patrick Pouyanné.
Com estes novos investimentos anunciados hoje, a Total “demonstra o compromisso contínuo com Angola e com o desenvolvimento dos recursos de petróleo e gás no país”.
Sobre o projecto Kaombo
S ituado a 260 quilómetros da costa de Luanda, no Bloco 32, a uma profundidade de cerca de 2000 metros, o Kaombo é o maior projecto de desenvolvimento em águas profundas de Angola. A primeira unidade FPSO (Floating Production Storage and Offloading / Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Crude), Kaombo Norte, entrou em produção em Julho de 2018, com uma capacidade de produção de 115.000 bp/d. O início de produção da segunda unidade FPSO, Kaombo Sul, com a mesma capacidade, está previsto para o próximo ano.
A produção global atingirá uma estimativa de 230.000 bp/d no pico de produção e o gás associado será exportado para Angola LNG.
Um total de 59 poços serão conectados às duas unidades FPSO, ambas construídas a partir de navios petroleiros convertidos (Very Large Crude Carriers), através de uma das maiores redes submarinas do mundo. Permitirá desenvolver os recursos de 6 campos diferentes (Gengibre, Gindungo, Caril, Canela, Mostarda e Louro) numa área de 800 quilómetros quadrados na região centro e sul do bloco.
A Total opera o Bloco 32 com uma participação de 30%, ao lado da Sonangol P&P (30%), Sonangol Sinopec International 32 Limited (20%), Esso Exploration & Production Angola (Overseas) Limited (15%) e da Galp Energia Overseas Block 32 B.V. (5%).
A Total em Angola
Presente em Angola desde 1953, a Total é o primeiro operador do país. A produção do Grupo foi estimada em 229 000 barris de petróleo por dia em 2017. Esta provém dos blocos 17, 14 e 0, bem como da Angola LNG. Além do projecto Kaombo no Bloco 32, a Total também opera no Bloco 17 (com uma participação de 40%) relativamente ao qual foram tomadas decisões de investimento sobre os projectos Zínia 2, CLOV 2 e Dália 3.
A Sonangol é concessionária da licença para o Bloco 17. Entre os parceiros estão as filiais Equinor com uma participação de 23,33%, a Exxon Mobil com 20% e a BP com 16,67%. O Bloco 17 abrange cerca de 4.000 km2 situados entre 150 e 270 quilómetros da costa de Angola. Esta área tornou-se num palco para uma aventura industrial única, com desenvolvimentos que fixaram parâmetros de referência globais para a indústria. A Total opera 4 FPSO no Bloco 17 nomeadamente: Girassol, Dália, Pazflor e CLOV. A Total também é parceira nos blocos 14 (20%), 14K (36,75%), 0 (10%), bem como da Angola LNG (13,6%).
No passado mês de Maio, o Grupo celebrou um contrato de prestação de serviços de risco com a Sonangol no âmbito da licença de exploração do Bloco 48 em águas profundas, que será operado pela Total.
Nessa ocasião, as duas companhias também assinaram um acordo quadro para a criação de uma “joint venture” com vista a desenvolver uma rede de estações de serviço em Angola, incluindo a logística e fornecimento de produtos derivados de petróleo.
Sobre a Total
A Total é um produtor e fornecedor global de energia integrada, uma das principais empresas internacionais de petróleo e gás, e um importante interveniente em energia solar com a SunPower e a Total Solar.
Os seus 98.000 funcionários estão comprometidos com uma energia melhor, mais segura, mais limpa, mais eficiente, mais inovadora e acessível para o maior número de pessoas possível. Como um cidadão corporativo responsável, a empresa está focada em garantir que as suas operações em mais de 130 países em todo o mundo, ofereçam de forma consistente benefícios económicos, sociais e ambientais.