COIMBRA. O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) disse hoje que o CEFA (Centro de Estudos e Formação Autárquica) está disponível para formar técnicos de Timor-Leste e de outros países de língua oficial portuguesa. A oferta não se aplica a Angola.
“O CEFA pode servir de escola de formação de quadros para a administração local para Portugal e países de língua oficial portuguesa, desde que isso seja de interesse das administrações dos respectivos países”, disse Manuel Machado, em Coimbra, durante um encontro com o ministro de Estado, coordenador dos Assuntos da Administração do Estado e da Justiça e ministro da Administração Estatal de Timor-Leste, Dionísio Babo Soares.
Fundado em 1982, o CEFA passou a ser gerido em 2016 pela ANMP, que anunciou a intenção de o transformar numa escola de altos estudos e de formação da administração autárquica para Portugal e países de língua oficial portuguesa.
Para o efeito, a ANMP avançou com a criação da Fundação CEFA, que privilegia “a ligação histórica aos países africanos de língua oficial portuguesa”, mantendo também relações de intercâmbio e cooperação com diversas instituições congéneres internacionais.
A Fundação integra a rede europeia de centros de formação autárquica, a união internacional da administração local e a união das cidades capitais luso-afro-américo-asiáticas (UCCLA).
O ministro Babo Soares agradeceu a disponibilidade da ANMP, dizendo que o CEFA pode vir a ter um “papel muito importante” no objectivo de criar as bases necessárias ao estabelecimento de um poder local democrático e forte em Timor-Leste.
Apesar de independente há 42 anos sempre com governos do mesmo partido, o MPLA, o regime angolano continua com graves alergias em criar autarquias locais.
F8 com Lusa