Os estudantes angolanos na Roménia, perante as dificuldades económicas e financeiras, escreveram ao Director do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo – INAGBE expondo o seu problema.
Da carta, que a seguir o Folha 8 revela, foi enviada cópia ao Ministro do Ensino Superior, ao Vice-Presidente Manuel Domingos Vicente, ao Embaixador da República de Angola na Sérvia e ao Chefe do Sector Consular de Angola na Roménia.
“Nós, estudantes angolanos na Roménia, distribuídos nas mais diversas Universidades, Regiões/Cidades e Estados e em variados Cursos de Graduação, matriculados sob o Acordo Cultural do Programa de Estudante Convénio de Graduação (PECG) e sob-responsabilidade financeira do INAGBE,
Vimos por este meio informar a Direcção supracitada, sobre as diversas situações que os estudantes têm enfrentado, essencialmente sobre as precariedades económico-financeiras que vivemos na Roménia, sabe-se que actualmente auferimos uma bolsa do Governo no valor de USD 750,00 (setecentos e cinquenta dólares americanos) pagos bimensalmente.
A nossa grande preocupação reside nos constantes atrasos nos pagamentos dos subsídios de bolsa e das propinas nas Universidades e Faculdades são muito prolongados, dando-se ao facto do custo médio de vida actual aqui na Roménia continua sendo muito elevado.
Nesta conformidade, a grande preocupação reside no facto das aulas terem iniciado no passado dia 1 Outubro de 2015 e até ao momento as Universidades/Faculdades ainda não foram pagas e há 6 (seis) meses que o INAGBE não faz o pagamento do subsídio de bolsa e há mais de 1 ano que não faz pagamento dos alojamentos.
Como consequência, estamos com os Cartões de Residência expirados, correndo o risco de sermos deportados do País por encontrarmos ilegais desde 1 de Novembro de 2015.
Acto contínuo, por falta de recursos financeiros suficientes os estudantes têm passado por várias dificuldades e até mesmo por casos humilhantes, não podendo suprir as nossas primordiais necessidades como: Alimentação condigna, saúde, vestuário, material escolar, aluguer de moradias, água, energia eléctrica, e outras despesas inerentes a nossa vivência aqui. A situação agrava-se ainda mais neste momento nem comida nem água para beber temos.
Nesta Senda e tendo em conta a situação supra referenciada, vimos encarecidamente solicitar o ensejo de proceder ao pagamento das Propinas nas Universidades/Faculdades o mais rápido possível para se evitar expulsões, bem como o pagamento dos subsídios por forma a minimizar o nosso sofrimento e evitar que os estudantes enveredem em actos ilícitos.”