MASSANO, RACISTA É O NERO DA ECONOMIA

Um agente público é um servidor, que deve encarnar o mais nobre sentimento de bem servir a comunidade, a rés pública e respeitar as culturas e maiorias pobres do país, onde exerce funções.

Por William Tonet

O ministro de Estado para a esfera Económica, José de Lima Massano é um homem verdadeiramente comprometido com o incremento da fome, miséria e desemprego da maioria dos autóctones angolanos, por quem não nutre qualquer sentimento de humanismo.

Verdadeiramente, este quadro formado em contabilidade, amante da multiplicação de números e exclusão dos trabalhadores, não tem os pobres no centro do orçamento.

A preocupação social inexiste, na sua órbita mental, de tal monta, ser indiferente se o mais frágil, come, estuda ou tem saúde. Nos gráficos, celestialmente, aprovados como programa económico, a discriminação social e racismo começam com a imposição e obrigatoriedade do pobre pagar múltiplos impostos. Da comida, produtos da cesta básica, absurdamente altos, aos serviços; reconhecimento de uma simples certidão é de raspar o pêlo.

O aceite e implantação, complexada, por parte de João Lourenço do actual programa económico neoliberal, copiado do Reino Unido onde, tal como Nunes Júnior (antecessor), também, se formou, Lima Massano, pela severidade e discriminação, à maioria, nestes oito anos, é um atentado a dignidade da pessoa humana.

Quando um governante ligado à esfera económica, aplica sanções (impostos e juros), sem graduar as classes, exigindo ao pobre a pagar o mesmo que o rico, transforma-se num monstro.

É roubar ao pobre para dar aos ricos, numa inversão de Robin dos Bosques.

Com esta política, Lima Massano transformou-se, desde que por duas vezes passou no Banco Nacional e uma como ministro de Estado para a Esfera Económica, num verdadeiro Nero (antigo imperador romano), que está a incendiar a economia, para culpar o dólar.

Se dúvidas houvesse bastaria rebuscar os danos causados, ao país, a milhares de empreendedores e microempresários, aquando da sua primeira passagem, pelo BNA (época de JES), ao institucionalizar a abjecta desdolarização (retirada do mercado) da moeda americana, numa altura em que bombeava o espírito de empreendedorismo em grande parte de angolanos, quer do litoral como interior do país.

Milhares de empresas e postos de trabalho foram à falência. Os danos foram avassaladores na economia e famílias, levando Eduardo dos Santos a exonerá-lo. Mas, Lourenço em 2017, ao recuperá-lo do fundo do baú, deu-lhe carta branca para concluir a “chacina económica”.

Nero queimou Roma para culpar os cristãos, da difícil situação do império… Massano culpa os pobres.

O masoquismo económico do Executivo de João Lourenço é de tal monta que uma bandeira, por igual às cores da do MPLA, tem mais valor do que um saco de fuba.

O racismo do ministro da esfera económica ficou patente, numa entrevista em cadeia nacional, quando minimizou a fome e miséria, priorizando a encomenda de bandeiras, por 20 milhões de dólares…

A alegação de servirem para comemorar os 50 anos de independência, do MPLA e não de Angola é espúria. As bandeiras portam a cor do sangue vampiro e serão hasteadas no mastro da corrupção… Nunca cobrirão a barriga dos povos discriminados, pelos governantes, assimilados e complexados, que agem com a agenda ocidental.

Massano não teve pejo de defender o capital especulador, capitaneado por meia dúzia de nababos, que desavergonhadamente engordam as suas contas bancárias com dinheiro público.

Mas, lembrado ser necessário dinheiro para combater a cólera, tendente a minimizar os danos desta epidemia (que atinge os indígenas pobres), causada pela má governação dos políticos, o mesmo, diz não haver dinheiro em caixa. E, estende a mão à caridade internacional para, doar-lhes 3 milhões, para em linguagem torpe, “acudir essa gentalha pobre, que não merece mais”… Uma visão hedionda, insusceptível de esquecimento, capaz de levar, um dia, estes dirigentes, ao banco dos tribunais, por contribuírem, para o extermínio de cerca de 8 dos 20 milhões de pobres, maioritariamente, pretos, carentes de saneamento básico, comida, educação e saúde, ao longo dos 50 anos de (má) governação exclusivista do MPLA.

MEU “IRMÃO ESPIRITUAL”, AFINAL, NÃO MORREU!

O meu irmão espiritual, Elisiário dos Passos Vieira Lopes “Passinho”, nascido aos 03 de Abril de 1949 e assassinado aos 27 de Maio de 1977, filho do padrinho Félix Vieira Lopes teve uma singela homenagem no dia 11 de Abril, no Anfiteatro da Igreja Católica.

Os bons não morrem, por mais que os seus algozes tentem adulterar e envernizar a história, tornando-a estória infame dos ímpios…

E isso ficou demonstrado no dia 11 de Abril de 2025, numa singela homenagem.

Os irmãos esmeraram-se. Os amigos, colegas, primos, vizinhos, conhecidos, recordaram-no, com afecto. Os filhos, netos, bisnetos comprometem-se a honrar a sua memória.

O Passinhos foi assassinado, por Mainga e outros Disas, no 27 de Maio de 1977 e ainda não tem exumação e certidão de óbito da CIVICOP.

O 27 de Maio de 1977 é um marco na geografia mental de milhões de angolanos, que não se apaga até ao dia da VERDADE!

Pela barbárie. Masoquismo. Severidade bélica. Genocídio de uma etnia intelectual. Nesse dia de muitos dias sucessivos, gerações de jovens, das melhores, paridas à época, amedrontavam de tal forma a ignorância de muitos ditos libertadores, que tiveram de engendrar uma forma de as eliminar. Pensaram unicamente numa ideologia, num partido, nunca no país, que deve ser de todos e para todos.

Multiplicaram uma mentira, milhões de vezes, para a transformar numa verdade, com legitimidade para os assassinatos selectivos. Sem humanismo. Sem justo processo legal. Sem contraditório. Sem perdão!

O Passinhos, médico de reconhecida competência, aos 28 anos de idade, que abandonou o conforto do Hospital São José, em Lisboa, para se juntar ao que julgava ser uma revolução pura, foi um dos 80 mil assassinados de 1977… Porque o único herói do MPLA, António Agostinho Neto “chacinou”: “Não vamos perder tempo com julgamentos”…

Um verdadeiro hino ao genocídio, que os assassinos da DISA se esmeraram… em superar o nazismo de Adolph Hitler…

Em 1977, Agostinho Neto e os seus “tonton macoutes” acabaram com o sonho da independência imaterial dos povos, institucionalizando a barbárie, a incompetência e o matumbismo estatal, que destruiu todo tecido industrial e agro-pecuário herdado…

O MPLA de Neto, por temor a literacia de milhares de jovens autóctones pretos nas cidades, formados e defensores de angolanos, detentores do saber, darem continuidade ao desenvolvimento socioeconómico herdado do colonialismo, constituíram-se num alvo a abater.

A cientificidade amedrontava a boçalidade dos ditos revolucionários. Por isso, um médico especialista, como Passinhos ou outro como Tilu, cardiologista, ambos angolanos, ambos com 28 anos, ambos reconhecidos em Lisboa. Com eles o tio Nando (Fernando Tonet), engenheiro e Beto (Alberto Tonet) Engenheiro Agrónomo, foram com outros milhares, covardemente, assassinados por ordem de um médico, profundamente assassino…

Até breve e sempre, mano Passinhos…

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