A corrupção foi institucionalizada e oficializada ao mais alto nível do Estado angolano. João Lourenço chegou ao poder prometendo uma nova era, um governo transparente, comprometido com o combate à corrupção. Mas, oito anos depois, a realidade é outra: os desvios de fundos públicos continuam, os culpados nunca são responsabilizados e o sofrimento do povo agrava-se a cada dia.
A Ministra das Finanças, Vera Daves, continua a gerir o dinheiro do Estado sem prestação de contas, com a bênção do Presidente. A sua permanência sugere, no mínimo, complacência por parte do Presidente. Se não houvesse consentimento para tais práticas, medidas firmes já teriam sido tomadas para garantir a transparência e a responsabilização. Quem protege gatunos tem um nome – é colaborador, conivente e cúmplice de ladrões.
Enquanto hospitais não têm medicamentos, escolas desmoronam e jovens perdem o futuro por falta de oportunidades, os privilegiados do regime multiplicam riquezas sem consequências. A fome, o desemprego e a miséria tomaram conta do país, mas aqueles que deveriam proteger o povo viraram-lhe as costas.
Chegou o momento de dizer basta!
Apelamos a todos os angolanos – trabalhadores, estudantes, académicos, líderes religiosos, profissionais liberais, militares, activistas, empresários e cidadãos comuns – para manifestarem o seu descontentamento. O silêncio só fortalece quem se aproveita do sofrimento do povo.
Não podemos permitir que a corrupção seja normalizada. Não podemos aceitar que o dinheiro dos contribuintes continue a ser usado para enriquecer uma elite enquanto a maioria sobrevive com tão pouco. O país pertence ao povo, e o povo tem o direito de exigir transparência, justiça e uma governação digna.
Pedimos a todos que subscrevam este manifesto. Este é um apelo à consciência nacional, um grito de revolta contra a injustiça, um chamado à união de todos os que desejam ver uma Angola melhor.
A história julgará aqueles que se calaram diante da pilhagem da pátria. Mas também reconhecerá aqueles que tiveram a coragem de se levantar e dizer: Basta! Chega de impunidade! Angola merece mais!
Junte-se a nós! Assine este manifesto e faça parte da mudança!
Promotores e subscritores:
Orlando Castro
Malundo Kudiqueba
Pedro Simão Esteves
Norberto Hossi
Carlos Sommer
AJ Ribeiro
Artur Cassule
Adão Colette Ubeca
Vanda Arriscado
Carlos Zangão
João Diniz
Ana Costa
Maria Sapalo
António Gimbi
Manuel Fernando