Angola acolhe pela primeira vez o Bureau d’Étude des Langues et des Cultures (BELC) regional, uma formação internacional de professores de francês, que decorre em Luanda de hoje a 10 de Outubro, reunindo participantes de dez países africanos.
A embaixadora francesa em Angola, Sophie Aubert, afirmou, no lançamento da iniciativa, que a escolha de Luanda “reflecte a crescente importância da francofonia no país e a cooperação sólida entre França e Angola no domínio linguístico”.
“O francês é um trunfo linguístico, uma riqueza cultural e uma ferramenta de desenvolvimento profissional, porque abre oportunidades tanto a nível individual como a nível do país”, sublinhou.
A diplomata destacou que cerca de 12% da população angolana é francófona, um número que reforça o peso da língua francesa num espaço regional onde “os países vizinhos do norte têm uma forte ligação histórica e cultural com Angola”.
“Falar francês é favorecer a compreensão mútua e o reforço dos intercâmbios”, afirmou, lembrando que a língua “pode contribuir ainda mais para a aproximação entre os povos e para o dinamismo regional”.
Organizado pela Embaixada da França em Angola e concebido pela France Éducation International, o encontro assinala o primeiro aniversário da adesão de Angola à Organização Internacional da Francofonia (OIF) e visa actualizar métodos de ensino e promover novas abordagens pedagógicas do francês como língua estrangeira.
O evento conta com cerca de uma centena de representantes de Angola, Namíbia, Guiné Equatorial, Burundi, Quénia, Etiópia, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, Moçambique e Eswatini, e tem como objectivo dotar professores e instituições de ensino de ferramentas pedagógicas mais inovadoras para a difusão do francês.
Sophie Aubert recordou ainda o papel das Alianças Francesas de Luanda, Cabinda e Lubango, do Liceu Francês (com mais de mil alunos) e das seis escolas Eiffel espalhadas pelo país, bem como a cooperação com a Associação de Professores de Francês em Angola, criada em 1995.
“Temos uma parceria duradoura com as instituições angolanas, que se traduz na formação de professores e na promoção do francês como língua de diálogo, cultura e oportunidades”, concluiu.