EMBAIXADOR DA PALESTINA EXPLICA QUEDA DOS DEMOCRATAS NOS EUA

O embaixador do Estado da Palestina acreditado em Angola, Jubrael George Bishara Shomali, destacou nesta quinta-feira, 14 de Novembro, um dos principais motivos da queda do partido Democrata nas eleições gerais americanas realizadas a 5 do mês em curso.

Por Berlantino Dário

O representante do Estado hebraico em Angola, em entrevista na sede do seu consulado, em Luanda, revelou aos microfones do Folha 8 e TV 8, que um dos principais motivos da queda da candidata do partido Democrata é a “insatisfação de grande parte da população americana e, particularmente as minorias árabes, latinas, asiáticas e africanas recebem apoio ilimitado militar, financeiro, político e diplomata que é apresentado pelo governo do Presidente Joe Biden ao governo israelita que está a cometer massacres de genocídio contra o povo palestiniano, especialmente contra mulheres, crianças e idosos.”

“Pela primeira vez, na história da América, a cidade de Michigan que é a causadora da queda do partido Democrata deu voto para o Trump, porque as comunidades árabes – egípcia, libanesa e palestiniana que vivem naquela cidade foram os menos favorecidos durante o governo de Joe Biden, antes das eleições nos Estados Unidos” – afirmou Jubrael Shomali que o novo Presidente eleito informou, na cidade de Michigan, Estados Unidos da América juntou, antes das eleições a comunidade árabe, libanesa e palestiniana tendo prometido que acabaria com a guerra no Médio Oriente.

Questionado sobre o que o Estado palestiniano espera, fruto das eleições gerais nos Estados Unidos da América realizadas a 5 de Novembro que elegeu, pela segunda vez ao cadeirão máximo da Casa Branca, Donald Trump, representante do partido Republicano, o cônsul palestiniano em Angola, nas entrelinhas, frisou que – “nós, como palestiniano, não nos interferimos nos assuntos internos de outros países. Nós respeitamos a liberdade dos povos de escolher os seus representantes e de lidar com os líderes eleitos pelo povo”, tendo destacado que o partido Republicano é um partido claro porque coloca Israel por baixo da linha e depois por cima.

A indicação de Trump nas eleições, segundo o embaixador, é uma ideia de extrema importância sobre os assuntos internos dos EUA. “Ele terminará com os problemas económicos dos EUA, porque América sente-se como uma economia muito forte. O sistema económico da América é muito pesado”, considerou, por outro lado, que as indústrias dos Estados Unidos da América acabam por ser mais fortes que as indústrias da China, por essa razão, “eles precisam de uma voz assim como a de Trump. Por isso é que Trump quer fazer uma remodelação sobre as indústrias dentro dos Estados Unidos da América”.

Quanto ao balanço geral da guerra com Israel, Jubrael George Bishara Shomali descreveu que, volvidos mais de 400 dias de guerra de “extermínio e o apetite do governo de ocupação israelita para matar crianças e mulheres continua aberto”, com a destruição de infra-estruturas na Faixa de Gaza e poluir o ambiente com gases e bombas proibidas internacionalmente, até que Gaza se torne num local impróprio para a vida humana.

Mais de 400 incêndios de aeronave e canhões que causaram mais de 45 mil mártires dentre os quais homens e mulheres, mais de 100 mil feridos e deficientes a maioria dos quais mulheres e crianças, o embaixador contou a este jornal Folha 8 que no dia da Mulher Palestiniana, celebrado no dia 28 de Outubro, o exército de ocupação matou mais de 15 mil mulheres palestinianas, além de dezenas de milhares de mulheres e meninas feridas, desaparecidas e deficientes, e mais de 150 mil raparigas estão fora do sistema de ensino.

“O governo israelita desafiou a comunidade internacional e recusou-se a implementar as decisões do Tribunal Internacional de Justiça, exigindo que os ocupantes israelitas acabassem com a guerra.”

Para o cônsul palestiniano em Angola, o governo de ocupação israelita não se limitou a matar os civis palestinianos, deslocando-os das suas casas, começaram a tomar, por outro lado as suas terras, tal como o governo israelita de extrema-direita anunciou a tomada, não só das terras do norte da Faixa de Gaza, mas também das terras da Cisjordânia ocupada.

“A escalada dos crimes de ocupação israelita e massacres em massa e a política de fome contínua contra o nosso povo na Faixa de Gaza e, em particular, no norte, incluindo crianças, mulheres, doentes e idosos, atingiram níveis que devastam a humanidade e são insuportáveis pois, constituem um insulto oficial israelita à consciência humana, à legitimidade aos tribunais internacionais e às suas decisões”, considerou.

No entanto, segundo o embaixador do Estado da Palestina acreditado em Angola, Jubrael George Bishara Shomali, o governo israelita começou a lançar uma campanha contra a Organização das Nações Unidas que operam nos territórios ocupados, com destaque para a Organização das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina que está preocupada com o cuidado dos refugiados palestinianos que foram deslocados de suas terras, isto é, desde o longínquo ano de 1948.

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