O Jornalista Luís Fernando, secretário para os Assuntos de Comunicação e Imprensa do Presidente da República, revelou publicamente que o “jornal” digital “CLUB – K” e o seu proprietário, José Gama, são financiados e sustentados por corruptos marimbondos radicados em Londres, Madrid e Dubai.
Por Malundo Kudiqueba
Decidi de escrever este artigo de opinião depois de receber vários telefonemas onde algumas pessoas diziam: “Afinal é por isso que o José Gama critica de forma selectiva alguns corruptos do regime. Faz duras críticas contra uns e elogia os outros, mas todos são corruptos” concluiu. A minha resposta foi a seguinte: “Também nunca entendi e nunca perguntei ao José Gama a razão da dualidade de critérios nas suas análises políticas.
Segundo apuramos há uma guerra silenciosa entre as duas alas do MPLA e Ana Dias Lourenço continuará a ser atacada para a condicionar politicamente. O jogo de bastidores para 2027 já começou no partido dos camaradas. Entretanto o “CLUB – K” já tem outra matéria preparada com detalhes comprometedores de algumas pessoas que participaram no encontro em Portugal com presidente João Lourenço.
Por outro lado, Luís Fernando veio publicamente defender a honorabilidade da Ana Dias Lourenço e questionou as fontes e os motivos por trás da “notícia” divulgada pelo “CLUB – K” segundo o qual o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, aprovou a aquisição do último modelo da aeronave Bombardier Global 7500 para uso oficial da Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço.
Luís Fernando criticou José Gama e acusou-o de falta de ética jornalística por este ter lançado suspeitas e não apresentar provas substanciais. Angola é mesmo uma raridade. Num País normal esta situação teria o devido esclarecimento e o “jornal” tinha de apresentar provas contundentes até porque o jornalismo deve ser baseado em factos e o gabinete do Presidente da República tinha a obrigação de confirmar ou desmentir a mesma notícia.
A transparência é essencial em situações como esta, principalmente quando a reputação e a integridade de figuras públicas estão em jogo. Sem evidências sólidas, as acusações feitas por aquele “jornal” são irresponsáveis e podem causar danos significativos. Ao exigir que o “jornal” apresente provas substanciais e verificáveis das acusações feitas, garante-se um debate mais honesto e fundamentado. Além disso, ao desmentir as informações consideradas falsas, o gabinete da Primeira-Dama ou do Presidente da República pode ajudar a restaurar a confiança do público e dissipar quaisquer mal-entendidos até porque o silêncio pode levar a várias interpretações.
Diante dessa realidade, é essencial que os veículos de comunicação mantenham uma política clara e transparente em relação ao financiamento. Os leitores merecem saber quem está por trás das notícias que consomem. A transparência fortalece a credibilidade e protege a integridade da Imprensa. Além disso, os jornalistas devem ter autonomia editorial e independência para realizar seu trabalho de forma ética e imparcial.
A sociedade depende de jornalismo livre e responsável para manter os princípios democráticos e expor a corrupção onde quer que ela exista. Gostaria de retirar aquilo que acabei de escrever pelo seguinte motivo: Muitos dos nossos (de Angola) jornalistas são tão corruptos quanto os nossos políticos. A corrupção em Angola é transversal e a promiscuidade existente entre políticos e jornalistas tem vindo agravar ainda mais o problema.
É preocupante quando o jornalismo se torna num veículo para agendas políticas obscuras, manipulando informações e lançando acusações infundadas contra figuras públicas. Alegações como essa, sem evidências claras e verificáveis, prejudicam a credibilidade da imprensa e minam a confiança do público.
É fundamental que os jornalistas e veículos de comunicação adoptem uma postura independente e ética, mantendo-se fiéis aos princípios fundamentais do jornalismo, como precisão, imparcialidade e responsabilidade. Somente assim os jornalistas podem cumprir o seu papel vital na sociedade como um guardião da verdade e da integridade.
Como sociedade, devemos exigir um jornalismo responsável e independente, que se baseie em fatos e promova o debate construtivo. A instrumentalização da informação para agendas políticas promove a disseminação da desinformação e manipulação política.
As críticas de Luís Fernando e outros membros do MPLA contra o “CLUB – K” fazem sentido porque no mesmo “jorna”l não conseguimos encontrar textos bem estruturados. Os textos no “CLUB – K” não têm enquadramento literário, e as críticas de Luís Fernando têm incidência neste aspecto.
O Luís Fernando nunca iria falar do Jornal “FOLHA 8 ou mesmo do MAKA ANGOLA” da forma como falou do “CLUB – K” porque reconhece o mérito em William Tonet, Orlando Castro e Rafael Marques, porque escrevem textos com princípio meio e fim. Já agora, importa reconhecer que o próprio Luís Fernando também escreve muito bem. Quanto ao José Gama está a fazer o seu trabalho e merece o meu respeito e admiração.
Apesar das nossas imperfeições e dificuldades ainda conseguimos encontrar bons jornalistas em Angola quer no privado como no público. Aqui ficam alguns nomes em jeito de reconhecimento público: José Eduardo Agualusa, William Tonet, Orlando Castro, Cabingano Manuel, Luís Fernando, Evaristo Mulaza, Teixeira Cândido, Rafael Marques, Graça Campos, Reginaldo Faria, Amilcar Xavier, Ernesto Bartolomeu, Ana Lemos, Carlos Rosado e a lista é longa.
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