BOLSEIROS FAZEM TURISMO EM VEZ DE ESTUDAR

Beneficiários de bolsas de estudo no exterior do país, no âmbito do Programa de Formação de Quadros para níveis de mestrado e doutoramento, estão a abandonar os estudos e o país de formação sem qualquer satisfação para simplesmente usufruir dos valores monetários disponibilizados pelo governo. A denúncia vem do Director-geral do INAGBE (Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudos), Milton Chivela.

Por Geraldo José Letras

Existem estudantes a beneficiar de bolsas de estudo no exterior do país, principalmente em Portugal e Espanha, mas sem rendimento escolar, por apresentarem um comportamento de “turistas”, e a abandonar os estudos e o país de formação sem darem qualquer satisfação ao INAGBE (Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudos).

O único interesse dos bolseiros enviados principalmente para Portugal e Espanha, para frequentar o mestrado ou doutoramento, no âmbito do Programa de Formação de Quadros, é usufruir dos valores monetários do erário.

A revelação vem do Director-geral do INAGBE (Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudos), Milton Chivela, que lamenta o facto de o governo gastar avultadas somas de dinheiro para a formação de quadros, o correspondente a 18.000.00 (dezoito mil) dólares norte-americanos por estudante, mas em muitos casos sem retorno desejado.

Para continuar a usufruir dos 18.000.00 (dezoito mil) dólares norte-americanos e outras benesses que a bolsa lhes confere, os bolseiros estão a apresentar documentos de frequência e aproveitamento escolar falsos.

Diante da situação que considera triste e assustadora, o responsável, promete apresentar queixar-me às autoridades competentes de Angola, bem como procurar dar a conhecer a situação real desses estudantes já identificados às instituições de ensino do exterior do país para que tomem as devidas medidas, “porque não podemos compactuar com tais práticas, e temos que as desencorajar”.

Sobre a apresentação de queixar contra os estudantes bolseiros sem aproveitamento escolar e a abandonar os países de formação, para só usufruir das benesses da bolsa, o Director-geral da instituição explicou que tão logo se conclua a análise documental de todos os candidatos já estará em condições de dizer quantos são e remeter a queixa-crime contra esses.

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