UNITA DIZ O ÓBVIO E… POR AÍ SE FICA!

A UNITA, o maior partido da oposição que o MPLA ainda permite em Angola, considera que, seis meses após as eleições gerais de 2022, Angola “continua sem rumo e a vida dos angolanos estagnada e sem futuro” e apela à aposta “séria” na agricultura.

Reunido na V reunião ordinária, o comité permanente da Comissão Política da UNITA concluiu que “o regime continua sem vontade política para a realização das eleições autárquicas, em Angola”, continuando o país a ser o único que, na região austral africana, “não institucionalizou o poder local, 47 anos depois da independência, com implicações gravíssimas sobre o desenvolvimento local e combate às assimetrias”.

Na reunião, os participantes analisaram igualmente a situação económico-social do país, tendo expressado a sua preocupação “perante a degradação das condições sociais e económicas das populações angolanas, com o custo de vida insuportável para a maioria das famílias”.

“O comité permanente da Comissão Política considerou que as medidas económicas adoptadas pelo actual regime, além de paliativas e efémeras, não são consistentes por assentarem em factores insustentáveis como a importação”, refere o comunicado.

Para o segundo maior partido político de Angola, “só uma aposta séria e um investimento decisivo na agricultura e pecuária podem garantir a produção de alimentos para o sustento das famílias angolanas”.

No que se refere à vida interna do partido, o comité permanente da Comissão Política felicitou o líder da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, “pela forma sábia, corajosa e clarividente como tem conduzido o partido perante as adversidades impostas pelo regime”.

“Especialmente, enaltece a sua visão estratégica que culminou com a criação da Frente Patriótica Unida, como plataforma certa para a concretização da alternância em Angola”, realça o documento.

O relatório das actividades do secretariado executivo do comité permanente da Comissão Política, desenvolvidas no último trimestre e o programa para os próximos três meses deste ano foi aprovado por unanimidade.

Sobre a situação internacional, o comité permanente da Comissão Política da UNITA exprimiu a sua solidariedade para com as vítimas do terramoto da Turquia e Síria e das calamidades de Moçambique e do Brasil.

A guerra entre a Ucrânia e a Rússia foi igualmente abordada no encontro, tendo a esse respeito o Comité Permanente da Comissão Política apelado à Organização das Nações Unidas para promover um plano de paz, que ponha termo a este conflito que causa milhares de mortos e milhões de deslocados e refugiados.

Recorde-se, também à UNITA, por mera curiosidade que, enquanto província ultramarina de Portugal, até 1973, Angola era auto-suficiente, face à diversificação da economia.

Era o segundo produtor mundial de café Arábico; primeiro produtor mundial de bananas, através da província de Benguela, nos municípios da Ganda, Cubal, Cavaco e Tchongoroy. Só nesta região produzia-se tanta banana que alimentou, designadamente a Bélgica, Espanha e a Metrópole (Portugal) para além das colónias da época Cabo-Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e Sã Tomé e Príncipe.

Era igualmente o primeiro produtor africano de arroz através das regiões do (Luso) Moxico, Cacolo Manaquimbundo na Lunda Sul, Kanzar no Nordeste Lunda Norte e Bié.

Ainda no Leste, nas localidades de Luaco, Malude e Kossa, a “Diamang” (Companhia de Diamantes de Angola) tinha mais 80 mil cabeças de gado, desde bovino, suíno, lanígero e caprino, com uma abundante produção de ovos, leite, queijo e manteiga.

Na região da Baixa de Kassangue, havia a maior zona de produção de algodão, com a fábrica da Cotonang, que transformava o algodão, para além de produzir, óleo de soja, sabão e bagaço.

Na região de Moçâmedes, nas localidades do Tombwa, Lucira e Bentiaba, havia grandes extensões de salga de peixe onde se produzia, também enormes quantidades de “farinha de peixe”, exportada para a China e o Japão.

Assim, Angola em 1974 era o terceiro maior produtor mundial de café; o quarto maior produtor mundial de algodão; era o primeiro exportador africano de carne bovina; era o segundo exportador africano de sisal; era o segundo maior exportador mundial de farinha de peixe; por via do Grémio do Milho tinha a melhor rede de silos de África;

Assim, Angola em 1974 tinha o CFB – Caminho de Ferro de Benguela, do Lobito ao Dilolo-RDC, o CFM – Caminho de Ferro de Moçâmedes, do Namibe até Menongue, o CFA – Caminho de Ferro de Angola, de Luanda até Malange e o CFA – Caminho de Ferro do Amboim, de Porto Amboim até à Gabela;

Angola em 1974 tinha no Lobito estaleiros de construção naval da SOREFAME; tinha pelo menos três fábricas de salchicharia; tinha quatro empresas produtoras de cerveja, de proprietários diferentes; tinha pelo menos quatro fábricas diferentes de tintas; tinha pelo menos duas fábricas independentes de fabricação ou montagem de motorizadas e bicicletas; tinha pelo menos seis fábricas independentes de refrigerantes, nomeadamente da Coca-Cola, Pepsi-Cola e Canada-Dry, bebidas alcoólicas à base de ananás ou de laranja. E havia ainda a SBEL, Sociedades de Bebidas Espirituosas do Lobito;

Angola em 1974 tinha a fábrica de pneus da Mabor; tinha três fábricas de açúcar, a da Tentativa, a da Catumbela e a do Dombe Grande; era o maior exportador mundial de banana, graças ao Vale do Cavaco.

E falta falar da linha de montagem da Hitachi, dos óleos alimentares da Algodoeira Agrícola de Angola, e da portentosa indústria pesqueira da Baía Farta e de Moçâmedes, e da EPAL, fábrica de conservas de sardinha e de atum, e…, e….

Só para recordar a quem não tiver medo da verdade

Os que têm 47 anos, talvez, não saibam! Vale a pena recordar, o que os portugueses, que o MPLA tanto odeiam, deixaram em 1975 em Angola, além de habitações, escolas, hospitais etc., etc., que não constam nesta lista! Isto para 8 milhões de pessoas!

PETRANGOL – Refinaria e Distribuição de Combustíveis. DTA-TAAG – Linhas Aéreas ligando todas as províncias, mesmo entre elas. CFB – Caminho de Ferro de Benguela, do Lobito a Dilolo-RDC. CFM – Caminho de Ferro de Moçâmedes, da Namíbia até Menongue. CFA – Caminho de Ferro de Angola, de Luanda até Malange. CFA – Caminho de Ferro do Amboim, de Porto Amboim até à Gabela.

SOREFAME – Metalúrgica, Construção de Comboios e Barcos. CECIL – Fábrica de Cimento. INDUVE – Fábrica de Óleos de Produtos Alimentares. CASSEKEL – Fábrica de Açúcar da Catumbela. TENTATIVA – Fábrica de Açúcar do Norte. AAA – Algodoeira Agrícola de Angola – Óleos Alimentares. EPAL – Fábrica de Conservas de Sardinha e Atum. ICA – Instituto dos Cereais de Angola. ICA – Instituto do Café de Angola – 3.º Produtor Mundial. IAA – Instituto de Algodão de Angola – 4.º Produtor Mundial. IVA – Instituto Veterinário de Angola – 1.º Exportador de Carne Bovina de África. IAA – Instituto Agrícola de Angola – 2.º Exportador de Sisal de África. GM – Grémio do Milho, 1.ª rede de Silos de África. CTT – Correios e Telefones, cobrindo todo o território.

CUCA – Cervejas Cuca, Skol, Rações Avicuca e Concentrado de Maracujá. NOCAL – Fábrica de Cerveja. EKA – Fábrica de Cerveja. N’GOLA – Fábrica de Cerveja. ANTÁRTICA – Refrigerantes, 10 sabores. CANADA DRY – Refrigerantes 5 sabores incluindo a Coca-Cola. CARBO SIDRAL – Refrigerantes de Maçã. LACTANGOL – Queijos e Leite Pasteurizado. BUÇACO – Indústria Salsicharia. NOVA AURORA – Indústria Salsicharia. QUILENGUES – Indústria de Salsicharia. SOVAN – Fábrica de Vinho de Laranja. COALFA – Fábrica de Vinho de Laranja. CANJULO – Fábrica de Vinho de Ananás. CAXI – Fábrica de Vinho de Ananás.

MABOR – A Maior Fábrica de Pneus de África. FABIMOR – Fábrica de Motorizadas e Bicicletas. FBA – Fábrica de Sapatos. ANIAL – Fábrica de Tintas de Angola. DYRUP – Fábrica de Tintas. CORAL – Cores de Angola, Fábrica de Tintas. ROBIALAC – A Maior Fábrica de Tintas de Angola. LUPRAL – Fábrica de Fibrocimento de Angola. ANGASES – Indústria de Oxigénio, Azoto, e outros gases líquidos. HITACHI – Linhas de Montagem. SCANIA – Linhas de Montagem Manuel Conde em Viana. CCUP – Companhia de Celulose do Ultramar Português (3000 operários). MIDAL – Matadouros Industriais de Angola. ESTRELA – Fábrica de Frutas em Calda e Cristalizadas. ALLA RIBA – Indústria de Redes de Pesca. FARINHA DE PEIXE – 2.º Maior Exportador do Mundo.

1973 – A OMS – Organização Mundial de Saúde declara extinta a raiva em Angola. Todos os cidadãos do Mundo poderiam viajar para Angola sem vacinas.

EDUCAÇÃO GRATUITA – Em todo o território.
SAÚDE GRATUITA – Em todo o Território.

1972 – Todas as capitais de província ligadas por asfalto.

Maior número de cabeças de gado bovino de África.
Maior frota pesqueira de África (Porto Amboim-Baía Farta-Tomboa).

1974 – Maior crescimento económico de África e o segundo em todo o mundo.

Banco de Angola, Banco Pinto e Sottomayor, Banco Comercial de Angola, Banco de Crédito Comercial e Industrial, Banco Totta Standard, FINIBANCO – Espírito Santo, ANGOLANA – Companhia de Seguros, IMPÉRIO – Companhia de Seguros, TRANQUILIDADE – Companhia de Seguros, FIDELIDADE – Companhia de Seguros.

DIAMANG – Exploração de Diamantes, ANGLO-AMÉRICA – Exploração dos Sub-solos, MINEIRA – Exploração de Minério (Cuima e Cassinga), CABINDA GULF OIL – Exploração de Petróleo, TEXACO – Distribuidora de Combustíveis, SHELL – Distribuidora de Combustíveis, SACOR – Distribuidora de Combustíveis, ESSO – Distribuidora de Combustíveis, FINA – Distribuidora de Combustíveis.

ANGOLA 1974: Maior destino Turístico da África Austral.

DE NÍVEL MUNDIAL: Basquetebol, Hóquei em Patins, Automobilismo, Luta Livre.

LUANDA: O 1.º Laboratório de Ensino de Línguas Estrangeiras de África, Colégio José Régio – Samba.

Folha 8 com Lusa

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