DIRECÇÃO DO HOSPITAL GERAL DE LUANDA TEM OS DIAS CONTADOS

A Direcção do Hospital Geral de Luanda nomeada pelo Governador Provincial, Manuel Homem, no dia 4 de Janeiro de 2023 em substituição do corpo directivo suspenso por negligência médica que levou a morte de uma cidadã de 42 anos em Dezembro de 2022, pode estar com os dias contados pela mesma razão que levou à morte Fernando João Cassule, adolescente de 15 anos a quem a equipa médica negou assistência imediata, além de uma médica dos serviços de urgência daquela unidade hospitalar ter espancado o pai da vítima.

Por Geraldo José Letras

Um ano depois, o Hospital Geral de Luanda volta a registar a morte de paciente por negligência da equipa médica em serviço, acompanhada de falta de ética e deontologia demonstrada pela médica em serviço no último dia 17 ao negar assistência imediata ao paciente Fernando João Cassule que deu entrada em estado clínico crítico, além de agredir o pai do adolescente de 15 anos que pedia atendimento para o filho.

A Direcção da unidade hospitalar de referência na capital do país já reagiu em comunicado onde avisa a suspensão imediata da médica, bem como a constituição de uma comissão de inquérito.

No mesmo comunicado, o corpo directivo reitera o compromisso “inalienável com a ética e deontologia para a humanização dos serviços e reitera o compromisso de tudo fazer para, uma vez apurados os factos, responsabilizar exemplarmente os implicados, de forma a evitar que episódios desta natureza não voltem a acontecer”.

O Folha 8 sabe que o corpo directivo anterior, demitido igualmente daquela unidade hospitalar por negligência médica em que foi vítima uma cidadã de 42 anos, não foi responsabilizado criminalmente conforme ameaçava a Ministra da Saúde quando reagia aos factos mediante o inquérito levantado no início do mês de Dezembro contra a anterior Direcção do Hospital Geral de Luanda.

“Agora que já temos o resultado final e depois de uma avaliação profunda da nossa área jurídica nós vamos nos pronunciar sobre esse aspecto e que medidas vão ser tomadas”, frisou a governante que ameaçou responsabilização criminal contra os ora demitidos.

Ainda este ano foram a óbito por negligência médica a cidadã, Sara Jaime de Carvalho, de 65 anos de idade, moradora da rua da Emissora, município do Cazenga, na manhã do dia 25 de Junho, no hospital dos Cajueiros, depois de 48 horas à espera de atendimento. O jovem de 25 anos, João Soma que morreu à porta do Hospital Américo Boa Vida ao lhe ser negada entrada, conforme denunciou a mãe impotente enquanto via o filho na agonia da morte por falta de dinheiro para levar a vítima para outra unidade hospitalar. Além de muitos outros.

Legenda. A médica que se negou a dar assistência a Fernando João Cassule (foto) tendo também agredido o pai do jovem.

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