ANGOLANOS ACUSAM JOÃO LOURENÇO DE LESAR O ESTADO

Para os luandenses atentos ao cenário político nacional, a detenção da funcionária do Cerimonial da Presidência da República por vazamento nas redes sociais de documentos confidenciais da República de Angola e de altas figuras do aparelho do Estado e familiares do Presidente da República, João Lourenço, que seguirão em viagem privada para as Ilhas Seychelles é uma “manobra estratégica encontrada para ofuscar o esbanjamento do erário por João Lourenço em nome do Estado”.

Por Geraldo José Letras

A funcionária do Cerimonial da Presidência da República, cuja identidade o Serviço de Investigação Criminal (SIC) ainda mantém sob sigilo enquanto decorrem os “trâmites legais”, acabou detida nesta quarta-feira, 27 de Dezembro, acusada de pôr em causa a segurança do Chefe de Estado.

A razão da detenção não convence os cidadãos atentos ao cenário político nacional sob liderança de João Lourenço, a quem acusam de “má gestão do erário e de lesar o Estado em prejuízo da população que não vê nas suas políticas vislumbre de um futuro seguro e próspero para o desenvolvimento social e económico do país”.

“Assim a conversa será a detenção da corajosa que vazou os documentos e não o esbanjamento do erário em nome do Estado” observou Miguel Homa, um dos cidadãos que considera uma manobra de distracção a detenção da funcionária do Cerimonial da Presidência da República.

“O ponto que interessa para uma investigação num país sério é se toda essa gente, 34 entre familiares, staff e gabinete de voo, vai viajar com o dinheiro do João Lourenço ou do Estado. Porque desde 2017, quem mais prejuízo traz ao país é o próprio João Lourenço com viagens da merda”, criticou Anita Joaquim.

Para Abelardo Benjamim, a detenção da funcionária “é legal por vazar documentos que podem sim colocar em causa a segurança de toda a comitiva presidencial”, porém, elogia a coragem demonstrada pela mesma a quem considera de “verdadeira patriota”, e exige que o Tribunal de Contas e a PGR (Procuradoria-Geral da República), bem como a Assembleia Nacional exijam do Presidente da República “prestação de contas”.

Dos mais de 25 documentos pessoais de altas figuras do aparelho do Estado e familiares do Presidente da República, João Lourenço, programou seguir viagem às Ilhas Seychelles para uma visita privada de 11 dias -30/12/2023 a 09/01/2024.

Entre os 13 membros da família estão a primeira-dama, Ana Dias Lourenço, cinco filhos e seis familiares do Presidente da República.

Do staff formado por 18 pessoas, destaca-se Edeltrudes Gaspar Costa, Ministro e Director de Gabinete do Presidente da República, além do Director-adjunto do Cerimonial do Presidente da República, Comandante da Unidade de Segurança Presidencial, Chefe da Escolta Presidencial, Secretário do Centro de Telecomunicações e Informática da Casa de Segurança do Presidente da República, três médicos, Assistente da primeira-dama, Ajudante de Campo, Financeiro, Chefe de Escolta da primeira-dama, ajudante de Campo da Primeira-dama, Oficial da Técnica Operativa, Técnica de Laboratório, Empregado de mesa e duas educadoras de infância.

Para o Gabinete de voo do Presidente da República vão seguir viagem com João Lourenço, o Comandante do Gabinete de voo Presidencial, além de dois assistentes.

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