SE LIBERDADE É SINÓNIMO DE MPLA…

O Governo do MPLA considerou hoje que as eleições gerais em Angola, previstas para Agosto, serão organizadas para que sejam “livres, justas, transparentes e abrangentes” e que o que une o país “é superior às pequenas diferenças políticas”. Palavra da INDRA e da CNE…

“Estamos em pleno ano eleitoral, pois que, por força da Constituição, as eleições gerais serão realizadas em Agosto do corrente ano, elas vão ser organizadas de tal modo para que sejam livres, justas, transparentes e abrangentes”, afirmou hoje o ministro de Estado e Chefe de Casa Militar do Presidente angolano, general Francisco Pereira Furtado.

Francisco Pereira Furtado, que discursava em representação do Presidente angolano, João Lourenço, no âmbito das celebrações do 61.º aniversário de início da luta armada de libertação nacional, assinalou que a “bravura, a coragem e determinação dos heróis do 4 de Fevereiro” contribuíram para a afirmação do nome de Angola no concerto das nações.

Esta luta, considerou, permitiu ainda que Angola viva hoje num “momento de paz e de estabilidade”, condição fundamental “para o desenvolvimento económico, social, cultural e humano” do país, disse.

Os acontecimentos que marcaram o início da luta de libertação nacional em Angola “devem constituir uma verdadeira herança para a actual geração de modo a se consolidar o patriotismo, a unidade nacional, o Estado democrático e de Direito e o bem-estar comum dos angolanos”, acrescentou.

“O que nos une de Cabinda ao Cunene e do mar ao leste é superior às pequenas diferenças políticas que nos separam”, observou o general.

Terminada a luta de libertação nacional, nos campos de batalha, notou, “ela hoje continua noutros campos, noutras frentes, mas sempre em busca dos mesmos objectivos que nortearam as batalhas anteriores, o bem-estar do povo angolano”. Há 46 anos que o MPLA ainda não conseguiu concretizar o seu emblemático desígnio: Ensinar os angolanos a viver sem… comer.

A luta pelo combate à fome e a pobreza, erradicação do analfabetismo, garantia de ensino universal e de qualidade e de se vencer o desafio de assegurar o acesso aos cuidados de saúde de qualidade e outros constituem algumas das atuais batalhas, enumerou. Só faltou dizer que este desiderato só será alcançado quando o MPLA comemorar os 100 anos de governação ininterrupta. Já só faltam 54 anos.

“O executivo angolano está empenhado na estabilização da economia e no melhoramento dos índices macroeconómicos. Para que ela volte a crescer, precisamos diversificar a nossa economia para que ela não seja dependente do petróleo, precisamos aumentar a produção nacional e diminuir a dependência da importação de produtos”, frisou o governante.

Angola “precisa hoje de melhorar as condições para a atracção do investimento privado, para que os angolanos invistam na sua terra” e os estrangeiros vejam Angola “como um lugar atractivo para fazerem negócios”, acrescentou.

“Só assim teremos um sector privado forte, capaz de criar empregos para que os angolanos, cada um de nós, possam viver e sustentar a sua família com dignidade”, assinalou o governante. Tudo considerações brilhantes, como aliás é característica do ADN dos dirigentes do MPLA e que vão merecer o mais que provável Prémio Nobel da Economia.

Segundo o general Francisco Pereira Furtado, Angola precisa de vencer igualmente a “luta pela moralização da sociedade”: “Precisamos que todos, e cada um de nós individualmente, encarem a coisa pública como um bem colectivo de todos, que deve ser bem cuidado e utilizado em benefício de todos os angolanos”.

Angola sempre na liderança dos piores

Por tudo isto, os angolanos (de segunda) não devem perguntar o que o MPLA pode fazer por eles, mas sim o que eles podem fazer pelo MPLA. Esta frase, dita para os EUA, que a história atribui a John F. Kennedy, afinal parece ter outro “pai”, como em breve se provará pela voz de João Lourenço. A dúvida está apenas em saber se o autor será o actual Presidente do MPLA, ou o actual Presidente da República ou, ainda, o actual Titular do Poder Executivo.

Reconheça-se que o actual MPLA está com uma pujança assinalável. Para além de mísseis intercontinentais e similares, as figuras de proa não deixam os seus créditos por mãos alheias. Assim, em breve, será revelado o contributo do MPLA (inédito e de alcance mundial) para que as pessoas consigam viver sem comer.

Para tal, os peritos do MPLA levaram a efeito um longo estudo, com mais-valias científicas registadas nos mais antigos papiros de que há memória, e que inclui um longo depoimento do indiano Prahlad Jani, que morreu com 90 anos em 20 de Março de 2020 e que garantia ter estado 80 anos sem comer nem beber. Consta que se “alimentava” apenas com as energias libertadas pelo seu cartão de militante… do MPLA.

Relembre-se que o governo indiano, atento ao impacto do assunto, resolveu descobrir, ou tentar – pelo menos, se o que Prahlad Jani dizia era verdade ou se ele era apenas um farsante, tipo militante da UNITA. Quando tinha 83 anos, ficou 14 dias a ser observado e filmado por uma equipa de 30 médicos escolhida pelo Ministério da Defesa indiano. Segundo os testemunhos, ele não ingeriu (nem expeliu…) nada durante esse tempo.

Tanto quanto parece, a credibilidade de Prahlad Jani teria saído reforçada se os médicos (que deveriam ser cubanos) tivessem sido escolhidos pelo “nosso” então “escolhido de Deus” (José Eduardo dos Santos) ou pelo seu sucessor (João Lourenço). É que (e os indianos sabem isso) o líder do MPLA é sempre dono da verdade, facto que só por si seria uma garantia para o mundo.

E é baseado neste caso que o Presidente da República (João Lourenço), certamente com a colaboração institucional do Presidente do MPLA (João Lourenço) e do Titular do Poder Executivo (João Lourenço) reforçou o investimento necessário para ensinar os angolanos a, pelo menos, viver sem comer.

Até agora, sobretudo porque os angolanos são uns desmancha-prazeres (ou são estrangeiros ou da UNITA), os resultados em Angola não são animadores. Os que tentaram seguir (todos voluntariamente obrigados) o método de Prahlad Jani estiveram muito perto mas, quando estavam quase lá… morreram.

Já em 2006, tempo em que o actual Presidente (João Lourenço) do MPLA beijava os pés do anterior presidente (José Eduardo dos Santos), o Discovery Channel fez um documentário sobre Prahlad Jani que, na altura, concordou em ser filmado durante dez dias e também foi analisado por médicos e cientistas, que não chegaram a uma conclusão nem presenciaram nenhuma impostura.

Data, aliás, dessa altura a tese do MPLA de que seria capaz de pôr os angolanos a viver sem comer. Como não encontrou voluntários, obrigou-os pela força da miséria e do desemprego a enveredarem por esse caminho. João Lourenço segue a mesma metodologia, convicto de que, tal como aconteceu com a descoberta da pólvora, o MPLA vai também descobrir a receita.

Os médicos apenas atestaram que Prahlad Jani estava com a saúde perfeita após o jejum. Depois da nova experiência, Jani deu uma conferência de Imprensa no hospital Ahmedabad. “Eu estou forte e saudável porque é assim que Deus quer que eu esteja”, disse ele. Ficou por esclarecer se quando ele falava de Deus estava a referir-se a Eduardo dos Santos ou, em antecipação, a João Lourenço.

Jani chegou a ser sondado para vir a Angola falar da sua experiência, e tinha já preparado o mesmo discurso para a altura em que chegasse a Angola. Sabe-se que dirá: “Eu estou forte e saudável porque é assim que João Lourenço quer que eu esteja”.

Prahlad Jani explicava que retirava os nutrientes de uma substância chamada “amrit”, produzida no céu-da-boca e que significa “sem morte”, “néctar divino”, “bebida dos deuses” ou “a bênção de JLo”. Segundo ele, essa substância é produzida pelas glândulas pineal e pituitária, estimuladas por técnicas avançadas de ioga.

“Nada que os angolanos não possam adoptar”, conclui o mui nobre e sempre leal (e bem alimentado) dono de Angola.

Em Angola, segundo a FAO, “23,9% da população passa fome”, o que equivale a que “6,9 milhões de angolanos não tenham acesso mínimo a alimentos”. O Presidente João Lourenço reparou nisso. Mesmo que fossem 6,9 milhões (são muito mais), é muita gente. E, na impossibilidade de dar comida a quem tem fome, aposta em ensiná-los a viver sem comer. Digam lá que não é brilhante?

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