VENDER O CÉU A QUEM ARDE NO INFERNO

De acordo com o órgão oficial do MPLA (Jornal de Angola) o secretário-geral do MPLA, Paulo Pombolo, desafiou a direcção do MPLA na Lunda-Norte a envidar todos os esforços (obviamente patrióticos) para resgatar o deputado perdido (por manifesta e criminosa incompetência da CNE) nas eleições gerais 2017 para a UNITA.

O ponto de partida para o alcance de resultados positivos, disse Paulo Pombolo, tem a ver com a preservação da unidade e coesão interna no partido.

Ao intervir no encerramento da XII Conferência de Balanço e Renovação de Mandatos, que reconduziu Ernesto Muangala no tacho de primeiro secretário Provincial da Lunda-Norte, Paulo Pombolo apelou aos militantes a continuarem a trabalhar com a mesma dinâmica para a transformação dos Comités de Acção do Partido (CAP) em centros de debate e discussão dos reais problemas das comunidades, transmitindo os programas e projectos que satisfaçam as necessidades da maioria. Ou seja, fazer o que sempre fazem, mas agora mentindo com mais convicção, como mandam os ensinamentos do guru do MPLA, Paul Joseph Goebbels.

O secretário-geral do MPLA alertou que não basta o slogan que diz que “Em 2022 quando assustarem já está”, se não existir trabalho e empenho da direcção do partido em garantir a implementação de projectos de impacto social, com reflexos positivos na vida das famílias. Ou seja, oferecer os sacos maiores de arroz…

A este propósito, continua a contar o JA, apelou aos comités provinciais do MPLA a prestar uma atenção especial à resolução dos problemas sociais que afligem as populações, defendendo a continuação do trabalho de recrutamento de novos militantes, visando o fortalecimento das fileiras do partido.

“Temos de continuar a ir ao encontro dos militantes e potenciais eleitores e vender, da melhor forma possível, o programa de governação do MPLA. Precisamos trabalhar, para o fortalecimento das fileiras do nosso partido”, apelou. Repare-se que, segundo o órgão oficial do MPLA, Paulo Pombolo falou em “vender”.

O primeiro secretário reconduzido, Ernesto Muangala, disse que com a realização da Conferência Provincial, estão criadas as bases para o MPLA na Lunda-Norte assumir, com firmeza, os desafios eleitorais que se avizinham.

Noutra frente, o coordenador do grupo de acompanhamento do MPLA para a província de Cabinda, Virgílio de Fontes Pereira, apelou, aos militantes do partido para estarem mais unidos, tendo em vista a realização do VIII Congresso Ordinário, que vai definir a estratégia política para vencer as eleições gerais do próximo ano.

Virgílio de Fontes Pereira, que discursava no acto de encerramento da XII conferência provincial de balanço e renovação de mandatos, que reconduziu Marcos Nhunga no cargo de primeiro secretário provincial de Cabinda, referiu que, para o partido vencer as próximas eleições gerais não basta dizer “quando assustarem já está”. Para o político, é preciso que todos os militantes se mobilizem para que a vitória seja garantida sem sobressaltos.

“As eleições constituem um momento importante e determinante para a afirmação da democracia em qualquer país. Seja para a reeleição daqueles que detêm o poder ou para a alternância política. Por esta razão, o MPLA, o partido no poder, tem toda a legitimidade de reivindicar para si o direito de querer continuar a manter-se no poder”, referiu.

O primeiro secretário provincial do MPLA, Marcos Nhunga, disse que o partido vai continuar a fiscalizar a acção do governo local para a conclusão de vários projectos estruturantes que visam melhorar a vida da população, com destaque para a construção do terminal de passageiros, quebra-mar, a rampa de atracagem de ferryboat, o Porto de águas profundas do Caio, o Campus Universitário do Caio, a Centralidade e as três mil casas sociais, bem como programas ligados aos sectores da saúde, educação, saneamento básico, energia e água. Uff.

Já o coordenador do grupo de acompanhamento do Bureau Político do MPLA para a província da Huíla, Álvaro de Boavida Neto, defendeu, no Lubango, a criação de condições para a atribuição de uma renda básica mensal às famílias carentes.

O político, que falava no encerramento da XII Conferência Ordinária e de Renovação de Mandatos, que reconduziu Nuno Mahapi Dala, ao cargo de primeiro secretário da Huíla, realçou que essa renda deve ser suficiente para salvaguardar a questão alimentar por pelo menos 20 dias. É obra. 20 dias!

Álvaro de Boavida Neto defendeu a aposta na actividade agro-pecuária e industrial, que considerou como o principal foco de desenvolvimento comunitário.

O político defendeu a necessidade de se garantir o acesso aos programas habitacionais e de construção dirigida, mesmo com material local, desde que previamente urbanizadas e infra-estruturadas, para que os serviços de energia eléctrica, água, comunicação e transportes públicos estejam ao alcance de cada cidadão e, sobretudo, a preços acessíveis.

Apontou, ainda, a necessidade de se garantir a educação com qualidade e assistência médica e medicamentosa para todos, de modo que não morram mais pessoas com um simples paludismo.

“É importante que se melhore o saneamento básico e eliminar-se as águas paradas, pois, acrescentou, é aí que se reproduzem os mosquitos portadores do plasmódio que causa essa “maldita” doença, afirmou, acrescentando que “convém assumir que o país não está a viver um período bom porque há fome, pobreza e mortes que têm de nos preocupar”.

Referiu que na província da Huíla há seca como fenómeno natural que afecta determinadas zonas, contra a qual “devemos procurar soluções para mitigar os efeitos negativos”, defendeu.

Relativamente à vida política, Álvaro de Boavida Neto destacou a revitalização das organizações de base, bem como da estatística real e permanente. Sublinhou que o crescimento deve ser efectivo, inovador e atraente.

Folha 8 com JA

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