As casas entre Angola e Portugal

A língua em comum, o passado histórico e algumas raízes culturais ajudam a que todo o tipo de relações e cooperações entre Angola e Portugal se tornem possíveis e atraentes. A globalização, a liberalização dos mercados e acordos de cooperação bilaterais, entre Portugal e Angola, nas mais diversas áreas desde educação, saúde, tecnologia comércio, construção, entre outros tornam cada vez mais importantes as transações comerciais entre os dois países.

Por Bruno Araújo
Consultor Imobiliário

Ao longo das décadas, as relações bilaterais, são classificadas como muito positivas e têm vindo a crescer. Segundo as pesquisas, Angola tem fornecido a Portugal madeira e cortiça, produtos agrícolas, maquinaria e aparelhos tecnológicos, já Portugal tem mais de 9 mil empresas a fornecer para Angola, principalmente máquinas e aparelhos, produtos alimentares e metais comuns…

Reduzindo e concretizando, as partilhas de negócio entre os dois países, têm crescido de forma exponencial e prometem boas relações comerciais.

Existem muitas oportunidades para negócios, mas o crescimento não fica limitado a nível corporativo, também existem oportunidades para as famílias que queiram crescer num destes países. Segundo a nossa pesquisa, destas oportunidades conseguimos destacar os sectores das infra-estruturas, educação, imobiliário e tecnologias de informação.

No meu sector, o do imobiliário, mesmo parecendo um investimento elevado pode ser uma solução de sucesso. Investir nos imóveis em Portugal é uma boa opção por causa da qualidade de vida de Portugal com os sistemas de saúde e educação, da localização geográfica com as ligações ao centro da Europa e tendo ligações aos continentes Americano, Asiático e, claro, o Africano, vantagens fiscais em relação a outros países, a cultura de integração e acolhimento cada vez mais em voga, …

É assim que o investimento no mercado imobiliário em Portugal, seja para habitação ou para negócio, tem oferta de qualidade. Existem variadas formas de rentabilizar um negócio imobiliário. Com o “boom” do turismo em Portugal desenvolveu-se uma forte aposta na reabilitação urbana e na construção de novas casas/espaços para dar resposta à subida da procura de alojamentos locais nos centros das cidades, principalmente em Lisboa e no Porto. Estas reabilitações e construções geraram inúmeras oportunidades de negócios imobiliários.

Angola, em 2016, liderava a lista de compradores de casas em Portugal. Só nesse ano, entre janeiro e julho, a compra de imóveis por cidadãos angolanos rondou os 37%, só em Lisboa.

Mas esta procura tem diminuído, em grande parte pelas dificuldades na transferência de fundos entre os dois países, limitando assim a capacidade de investimento. Apesar de estar mais complicada esta transação, não é impossível e é ainda muito benéfico investir no mercado imobiliário em Portugal.

A segurança e a previsibilidade são também vantagens deste tipo de investimento. Ao contrário de investir em ações, sabe que à partida, não sofre um revés repentino e a valorização constante do valor dos imóveis torna este investimento num dos mais seguros na actualidade.

Se quer realmente investir em Portugal, o primeiro passo deve ser escolher um consultor imobiliário que lhe dê garantia de credibilidade e confiança, que seja um especialista reconhecido e que lhe explique as qual a estratégia que vão adoptar para conseguirem os melhores investimentos. Um dado é certo, em mais de 95% dos casos o cliente comprador não paga qualquer comissão, ou seja, em Portugal numa transação imobiliária “normal” o cliente comprador ao adquirir o seu imóvel só tem o custo do imóvel e da respetiva escritura e o cliente vendedor é que tem a responsabilidade de pagar a comissão à imobiliária.

Se não conhece nenhum profissional desta área aqui em Portugal mas tem consultores imobiliários conhecidos em Angola, uma solução de confiança será, pedir ao seu consultor imobiliário que escolha um consultor imobiliário de referência em Portugal. Hoje em dia com as redes sociais é fácil mantermos esta proximidade. Pessoalmente, tenho vários colegas em Angola (como noutros países) com quem vou mantendo o contacto e que me asseguram a facilidade de comunicação.

Como deve ter reparado, eu uso o termo consultor imobiliário e não outro qualquer por um motivo só. A qualidade deste ramo profissional elevou, já não somos meros vendedores de casas… aliás, posso assegurar que eu não vendo uma única casa. O consultor imobiliário faz o acompanhamento e aconselhamento ao seu cliente, seja comprador ou vendedor, e é o cliente que tem a tomada de decisão sobre o negócio. Sobre este tema, e outros, irei aprofundá-los nas próximas edições e tentarei ter sempre esta dualidade de abordagem. Um comentário para o cidadão que pode ver no imobiliário uma curiosidade ou mais-valia e um apontamento em específico para os colegas consultores imobiliários aos quais peço, desde já a vossa ajuda para valorizar esta coluna de opinião bem como do nosso agir profissional… para isso faço o convite de me enviarem os temas que gostariam de ver debatidos ou comentados, podem enviar as vossas indicações para o jornal Folha 8 ou para o meu próprio site www.brunoaraujo.pt, para todos terei certamente uma palavra. Irei ensinar, mas igualmente aprender com a vossa experiência e com as vossas dúvidas.

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