A ERCA mostrou as suas garras. Adelino Marques de Almeida é um homem rancoroso, vingativo, discriminador, intolerante, sem estrutura mental democrata. Comporta-se como um verdadeiro Stalin. Espanta, pois, que seja uma espécie de tão duvidosa qualidade a “mandar” numa instituição onde se exige um pergaminho de lisura e justiça.
O Folha 8, definitivamente, corta todas as relações institucionais com o actual presidente da ERCA e não acredita que, com um carrasco desta estirpe, alguma vez, possa ter tratamento justo e imparcial.
Mesmo inocentes, sempre seremos previamente condenados, pela desonestidade, desrespeito e abuso de poder dos oito (8) “erquianos” do maioritário, que delibera(ra)m, condenando, sem analisarem a contestação do Folha 8, como manda a Lei 2/17 de 23 de Janeiro.
E, ao mesmo tempo, inocentam os autómatos da comunicação social pública do MPLA, que incitam ao linchamento público do nosso director e à destruição do nosso jornal.
Felizmente, a barbaridade, não foi acompanhada por três conselheiros, representantes do Sindicato de Jornalistas, Reginaldo Silva, da CASA-CE, Félix Miranda, e Tataviano Rodrigues da Costa Pacheco, da UNITA, com voto vencido, protestaram contra a boçalidade arrogante, partidocrata e subserviente da ERCA. O leitor deve aferir a malvadez de membros de um órgão, que deveria ser imparcial, plural e democrático.
“O Conselho Directivo da ERCA demarca-se das práticas editoriais do jornal Folha 8 que atentam contra a honra e dignidade dos obreiros da Independência nacional, nomeadamente do Presidente – fundador da República de Angola, Dr. António Agostinho Neto”, lê-se na condenação apócrifa.
Adelino Marques de Almeida mostra não ter respeito nem pela verdade, nem pela história e muito menos pela lei. Seria bom o presidente da ERCA ler, a obra “Filhos não devem colocar os pais no asilo”, para ressuscitar o amor próprio e o respeito pelos colegas de profissão com actos de verdade.
Porque não citou os outros obreiros? O partido não deixa? Porque não traduz o que é isso de fundador da República (Popular, na altura), um conceito, até hoje inócuo?
Definitivamente, com o silêncio tumular da oposição e da sociedade civil democrática, nem daqui a 200 anos, gente deste jaez sairá do poder, uma vez a fraude e a batota estarem de tal forma institucionalizadas, que assassinam a transparência, justiça e democracia.
Atentemos no que, sobre esta matéria, escreveu dia 26 Reginaldo Silva na sua página do Facebook:
«A deliberação da ERCA que a TPA divulgou esta sexta-feira não resultou de um consenso, por falta de entendimento no capítulo referente ao Folha 8, apesar de terem sido feitos vários esforços nesse sentido no decorrer de uma plenária extraordinária realizada hoje.
Prevaleceu a vontade da maioria afecta ao poder.
Contra esta Deliberação três Conselheiros, dos onze que integram a Entidade, votaram contra, com a apresentação das respectivas declarações de voto a que têm direito, tendo sido eu um deles.
Notei também que a deliberação divulgada pela TPA esta noite no mesmo capítulo do desentendimento não estava fiel ao texto que foi aprovado hoje.
Declaração de Voto. Votei contra esta Deliberação por entender que ela de algum modo antecipa a abordagem que a ERCA se propõe fazer ao desempenho editorial do Folha 8 com base na queixa que lhe foi apresentada pela Fundação Dr. António Agostinho Neto (FAAN), mas não só.
Em parte esta Deliberação acaba por ser uma condenação antecipada do Folha 8 sem que o mesmo exerça o seu direito à defesa de acordo com a Constituição e a lei ordinária.»
Registe-se, mais uma vez e em abono da verdade, uma atitude inédita e honorável do MPLA sobre o âmago desta questão e que, certamente, fará e ficará na história.
Recorde-se que o MPLA repudiou, com veemência, terça-feira, o jornal “Folha 8”, pela publicação de um texto (apenas na sua página do Facebook) em que – segundo o partido dirigido por João Lourenço – associa o então Presidente da República (Popular) de Angola, António Agostinho Neto, às figuras consideradas defensoras da escravatura.
O pequeno texto diz: «Vários países estão a retirar dos espaços públicos as estátuas de assassinos, ditadores e defensores da escravatura. Em Angola está a demorar muito para que isso aconteça».
Das três “acusações” (assassinos, ditadores e defensores da escravatura) o Bureau Político do MPLA só contestou a terceira.
Assim, numa atitude louvável, histórica e paradigmática o MPLA dá como provadas e inquestionáveis as duas primeiras: Assassino e ditador. Finalmente.