Abel Chivukuvuku convocou para hoje uma manifestação para defender a legalização do PRA-JA Servir Angola e protestar contra o chumbo do Tribunal Constitucional ao seu partido. Milhares de angolanos saíram à rua numa manifestação de solidariedade que, pela primeira vez, foi transversal a toda a sociedade, juntando jovens, políticos de vários quadrantes (incluindo da UNITA e dirigentes do Bloco Democrático) e povo anónimo.
Ontem, Abel Chivukuvuku revelou que recebeu ameaças de que poderia ser baleado hoje, mas avisou que não tinha medo e explicou com todas as letras: “É preciso que o MPLA perceba que não é por via da violência que se realizam as sociedades”.
A manifestação de hoje mostrou, aliás, que em Angola apenas existem três forças políticas, MPLA, UNITA e Abel Chivukuvuku, mesmo quando este é impedido de forma ditatorial e juridicamente anedótica de formar o seu partido
“Angola ainda é um Estado em transição para a democracia. E é preciso que nós, cidadãos, lutemos para que possamos ter um dia um Estado verdadeiramente democrático e de direito”, declarou Abel Chivukuvuku que, hoje, mostrou que os angolanos lhe dão razão e, mais do que isso, estão dispostos a lutar com ele para, de facto e de jure, tornar Angola naquilo que ainda não é: um Estado de Direito Democrático.
Abel Chivukuvuku, como prometera, esteve na primeira fila da manifestação e afirmou que mantém o objectivo de concorrer às eleições gerais de 2022, estando convencido que o MPLA vai continuar a adiar as eleições autárquicas, porque o partido no poder há 45 anos tem medo de perder. Talvez hoje o MPLA tenha ficado (ainda mais) convencido que, se as eleições forem transparentes, vai mesmo perder.
“Não fui surpreendido com a decisão do Tribunal Constitucional de não aceitar a inscrição do PRA-JA porque é um histórico de anos. A minha vida nos últimos dez anos tem sido assim, basta referir que foi o mesmo Tribunal Constitucional que me destituiu de presidente da CASA-CE, alegando o princípio de que eu não era membro de nenhum dos partidos constituintes da coligação”, recorda Abel Chivukuvuku, acrescentando que há “perseguição política”, que “o MPLA tem medo”, pois ele e a CASA-CE, em 2017, “tivemos um score muito para além do que foi noticiado”.
“Por isso, estão a inviabilizar o PRA-JA porque não querem repetir o susto que tiveram em 2017”, afirma Abel Chivukuvuku.
“Estabelecemos uma estratégia de dois níveis”, diz Abel Chivukuvuku, referindo que vão “continuar a litigar com o tribunal”. Em qualquer caso, “ já temos vindo a estruturar a nossa alternativa há muito tempo”, diz, frisando que “com PRA-JA ou sem PRA-JA, em 2022 vamos participar nas eleições gerais de Angola. O que vamos fazer é só acelerar o processo de estruturação dessa alternativa, que já existe”.
Sobre essa alternativa, que não divulga de momento, refere que “existem partidos em Angola que precisam da máquina que o PRA-JA hoje tem”. “Em Angola, neste momento, existem a máquina do MPLA, a máquina da UNITA e a máquina do PRA-JA, todos os outros partidos não têm máquina como nós temos”, acrescenta Abel Chivukuvuku.
“O nosso objectivo é participar e contribuir para a evolução do processo democrático de Angola, de modo a tirar o país da indigência e os cidadãos do sofrimento e da pobreza. Se tivermos de ganhar, ganhamos. E governamos”, afirma Abel Chivukuvuku.
“A ideia que se tem de que a riqueza de Angola é o petróleo, são os diamantes, é uma falácia. Tudo isso são recursos esgotáveis. Agora, os cidadãos angolanos são um recurso inesgotável”, afirma também Abel Chivukuvuku, que considera que “Angola ainda não é um Estado democrático”.
“Angola ainda é um Estado em transição para a democracia. E é preciso que nós, cidadãos, lutemos para que possamos ter um dia um Estado verdadeiramente democrático e de direito”, declara por fim Abel Chivukuvuku.
E para mostrar que o seu “exército” não tem só generais, os angolanos anónimos, bem como os jovens, mostraram hoje ao MPLA que estão dispostos a “alistar-se” para que a vitória a favor de um Estado de Direito em Angola seja uma realidade.
As forças de segurança estiveram presentes, mostraram todo o seu potencial bélico mas, certamente por ordens superiores, fizeram com que a excepção (civilidade) fosse hoje a regra.
O Pra-Ja reprensanta um segmento muito importante no da sociedade Angolana.
Tem representabilicade e aceitacao no seio da sociedade.
Mais manifestacoes virao no proximo ano de 2021,
Todos paridos de oposicao severao fazer manifestacoes CONJUNTAS com SLOGAM
NOVA CONSTITUICAO
DISOLUCAO DA ASSEMBLEIA NACIONAL
ELEICOES ANTECIPADAS
DESPROMOCAO DE TODOS GENERAIS CORRUPTOS