Com os ensinamentos, entre outras, da “Operação Resgate”, o Governo avança agora com a “Operação Malária”, que durará seis meses em toda a extensão de Luanda e foi lançada no distrito do Rangel, que regista um elevado índice da doença. Só em 2018, contaram-se 1.179.415 casos. Por outras palavras, o Estado/MPLA/Governo (são uma e a mesma coisa) promete agora fazer o que não fez desde que está no Governo, ou seja, desde 1975.
Pelo menos 1.080 pessoas morreram vítimas da malária em Luanda, em 2018, uma cifra considerada “elevada” pelas autoridades, que lançaram esta sexta-feira uma campanha de Luta Anti-Vectorial para reduzir o impacto da primeira causa de morte em Angola.
De acordo com a vice-governadora de Luanda para o sector Político e Social, Ana Paula Vítor, que presidiu ao acto, só em 2018, a província registou 1.179.415 casos de malária que resultaram em 1.080 óbitos.
“Independentemente de termos uma taxa de morte de 0,9%, não deixa de ser uma cifra elevada”, disse, referindo que a doença representa igualmente a primeira causa de morte, de consultas médicas e de absentismo escolar e laboral em todo o país.
Ana Paula Vítor sublinhou que a campanha surge no âmbito do Programa do governo com vista à redução da mortalidade por malária, exortando a população para uma “participação activa nesta luta contra de combate ao mosquito”.
Recorde-se que, muito mais importante que este combate à doença que é a primeira causa de morte em Angola, é Força Aérea Nacional ter agora reforçado a sua capacidade técnica de vigilância com novos equipamentos de defesa antiaérea, com vista a garantir a contínua defesa dos espaços, segundo informou, no Lubango, o comandante do ramo, Altino Carlos dos Santos. Assim sendo, a malária (e os marimbondos) que se cuidem.
“Aproximando-se o período das chuvas na província de Luanda aumentam os charcos e as lagoas que proporcionam a proliferação da larva do mosquito, daí a necessidade de uma atenção redobrada”, afirmou Ana Paula Vítor.
A governante inaugurou também a feira “Luanda Contra a Malária”, com exposição de fármacos, matérias de fumigação, consultas, distribuição de mosquiteiros e demais material de sensibilização sobre os cuidados a ter com a doença.
Por sua vez, a directora do gabinete provincial da Saúde da capital, Rosa Bessa, assinalou que a campanha de Luta Anti-Vectorial tem como propósito “chamar a atenção e sensibilizar todos os munícipes de Luanda para a importância da prevenção da malária”.
Na actividade esta sexta-feira iniciada, adiantou, irão ser intensificadas “as acções de fumigação, pulverização, limpeza de valas, charcos e sem esquecer o tratamento”. “Foram ainda distribuídos aos nove municípios da província cerca de 150.000 mosquiteiros, 15 motorizadas e 75 máquinas para fumigação”, frisou.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018, Angola registou mais de três milhões de casos de malária (3.007.111), que provocaram 7.356 mortos, apesar de tudo uma quebra em mais de metade comparando com 2017, ano em que o país registou 13.967 mortes, num total de 4.500.221 casos.
Todos unidos… marchar!
Quando toca a unir fileiras para combater doenças… ninguém se furta. E os exemplos estão aí. Recorde-se, por exemplo, que em Agosto de 2018 se ficou a saber que até o Ministério da Comunicação Social “vai coordenar a acção da criação de um núcleo, de aproximadamente 150 activistas, que vão efectuar visitas casa a casa, para sensibilizar as famílias residentes nos arredores da lagoa da Kilunda, no âmbito do programa de prevenção e combate à cólera”.
Como o Ministério dirigido por João Melo tem muito pouco para fazer na sua área, deu uma preciosa ajuda. Um dia destes ainda vamos ver o Ministério da Saúde “a coordenar a acção da criação de um núcleo” para tratar da saúde à ERCA e ensinar alguns escribas a contarem até 12 sem terem de se descalçar.
A informação sobre a formação deste núcleo anto-cólera foi, disse na altura a Angop, passada pelo secretário de Estado da Comunicação Social, Celso Malavoloneke, no final de uma visita interministerial realizada à lagoa da Kilunda, comuna da Funda, em Cacuaco, para avaliar as condições de saneamento e meios existentes naquela região, depois de um teste positivo da água com vibrião colérico.
Na verdade, reconhecemos, a equipa de João Melo esteve (neste caso) no seu meio natural – o saneamento. Por outras palavras, na falta dele. Aliás, tudo quanto tenha a ver com a falta de higiene (sobretudo mental) é o ambiente propício ao desenvolvimento da… comunicação social do Estado/MPLA.
Por alguma razão, sob o título de manchete “Malária em Angola em vias de extinção”, o Jornal de Angola, dizia que as autoridades sanitárias angolanas previam iniciar, a partir de 2015, o processo de pré-eliminação da malária.
Celso Malavoloneke “destacou a grande importância económica da lagoa da Kilunda para as famílias ribeirinhas, por ser fonte de sobrevivência, não só por ser fonte de alimentos, mas também pelos rendimentos obtidos com a venda do pescado”. Como se vê, esta acção enquadra-se nas atribuições deste ministério, nomeadamente na que diz “desempenhar outras tarefas superiormente acometidas decorrentes da actividade própria que lhe é inerente”.
Celso Malavoloneke disse que ficou então acordado que uma equipa com técnicos do Ministério da Energia e Águas, Ambiente, Saúde e promoção da saúde, e administração local de Cacuaco deslocar-se-á à Funda para traçar um plano concreto.
O adjunto do mestre João Melo referiu que as estratégias que têm funcionado em outros lugares serão implementadas na Funda e onde for necessário, “vai-se pedir ajuda aos parceiros sociais, como o Unicef, para fornecer recipientes de conservação da água”.
O que seria do país sem este Mi(ni)stério da Comunicação Social?
Celso Malavoloneke disse também que para além de fazer o rastreio, “deve-se efectuar acompanhamento e monitoramento e estar atento para que qualquer caso suspeito seja rapidamente encaminhado para a estrutura sanitária preparada para o efeito”. Que pérola. João Melo não diria melhor. Esta rapaziada foi mesmo escolhida a dedo por João Lourenço. Quem sabe… sabe!
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