VINTE MIL PESSOAS SEM CASA POR CAUSA DO MAU TEMPO

MOÇAMBIQUE. Mais de 20 mil pessoas perderam as suas casas na sequência de uma depressão tropical que atingiu, na segunda-feira, o norte de Moçambique, informou esta quarta-feira o porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades.

Falando durante uma conferência de imprensa em Maputo, Paulo Tomás disse que, com a chuva e ventos fortes na região, a instituição contabilizou 4.110 casas destruídas nos distritos de Monapo, Mossuril, Meconta e Ilha de Moçambique, província de Nampula, norte do país.

As autoridades não registaram vítimas mortais, mas há um grupo de 250 pessoas isoladas em Sagane, na Ilha de Moçambique, tendo sido accionada a Unidade Nacional de Protecção Civil para assistir estas famílias, um processo que já está em curso nos pontos mais afectados.

“O sistema desloca-se para a costa, estando, neste momento, a afectar as zonas costeiras das províncias de Nampula e Cabo Delgado [norte do país]”, alertou o porta-voz, acrescentando que “há probabilidade de ocorrência de descargas atmosféricas em todas as províncias do norte do país”.

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades contabiliza ainda danos em 45 salas de aula, 32 embarcações e 38 postes de electricidade.

O mau tempo na região começou na segunda-feira, com rajadas de vento a atingirem 85 quilómetros por hora, além de descargas atmosféricas e chuvas fortes, acima dos 200 milímetros em 24 horas.

Entre Outubro e Abril, Moçambique é atingido por cheias, fenómeno justificado pela sua localização geográfica, a jusante da maioria das bacias hidrográficas da África Austral, mas, paradoxalmente, o sul do país é igualmente afectado por secas prolongadas.

Para fazer face ao actual período chuvoso em Moçambique, o INGC precisa de mil milhões de meticais (mais de 14 milhões de euros).

O Governo moçambicano emitiu um alerta laranja, que serve para intensificar as acções de monitorização e prontidão.

As autoridades moçambicanas prevêem para a época de chuvas 2016/2016 três cenários distribuídos pelo território moçambicano, nomeadamente chuva, ventos fortes e seca.

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