Governador de Luanda certifica dívidas às empresas portuguesas

ANGOLA. O governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, garantiu hoje, na capital angolana, que o processo de certificação da dívida do executivo luandense a empresas portuguesas deverá ficar resolvido até finais de Novembro.

Adriano Mendes de Carvalho falava à imprensa no final de uma audiência que concedeu ao embaixador de Portugal em Angola, João Caetano da Silva.

Segundo o governador da capital angolana, o encontro serviu para abordar, entre outros assuntos, essencialmente a questão da certificação das dívidas que o Governo Provincial de Luanda tem para com algumas empresas portuguesas, cujo montante não especificou.

“Também pudemos ver qual a melhor forma de apresentarmos isso no mais curto espaço de tempo. Falar com as empresas para analisar o que é que é correto e o que é que não está correto, para podermos encaminhar esta dívida a quem de direito”, explicou Adriano de Carvalho.

O governante angolano sublinhou que o governo da província de Luanda pretende “fazer tudo por tudo, para que a certificação desta dívida termine mais ou menos até dia 22 de Novembro”.

Adriano Mendes de Carvalho realçou que as dívidas existentes não comprometem o andamento das obras em curso a cargo de empresas portuguesas, frisando que o processo de certificação é necessário.

“A acção delas apresentarem que têm esta ou aquela dívida não implica automaticamente que a gente tenha de aceitar. Vamos analisar e certificar. Em primeiro lugar, há que certificar e, depois de certificar essa dívida, a gente vai avançar, não vai paralisar nada, vamos dar continuidade, os trabalhos vão continuar”, disse.

O Governo angolano estimou em 90 milhões de euros a dívida já certificada de entidades públicas angolanas a empresas portuguesas e não certificada na ordem dos 300 milhões de euros.

O primeiro-ministro português, António Costa, na recente visita que efectuou a Luanda, elogiou “a transparência” do Governo angolano na forma como aborda a questão das dívidas a empresas portuguesas e o calendário definido, até Novembro, para o apuramento do volume global por regularizar.

Lusa

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