Samakuva expulsa jornalistas

O Jornal de Angola, também conhecido por Pravda ou Boletim Oficial do regime, foi impedido ontem de cobrir o lançamento em Luanda da campanha de Isaías Samakuva à presidência da UNITA.

N a versão, insuspeita, do Pravda, “os jornalistas do diário generalista foram retirados da sala nas instalações da Liga Angolana de Amizade e Solidariedade para com os Povos (LAASP), onde decorreu o lançamento da campanha. Antes do início da actividade, os jornalistas foram surpreendidos por um membro da organização da campanha do líder da UNITA, que concorre a um quarto mandato consecutivo”.

Conta o pasquim que “o militante da UNITA, que não se identificou, dirigiu-se unicamente à equipa do Jornal de Angola a quem pediu identificação e, em seguida, orientou que abandonasse o local. Sem mais explicações, o membro da UNITA alegou que o Jornal de Angola não tinha sido convidado para a cobertura do evento”.

Mas há mais. “Os jornalistas do Jornal de Angola foram os únicos visados pela decisão da equipa de Samakuva. A TPA, outro órgão público de comunicação social público, até ao momento da saída dos jornalistas do Jornal de Angola permaneceu no local.”

Diz o Boletim Oficial que “a posição da UNITA configura uma violação clara do direito constitucional fundamental de informação.”

E acrescenta que “o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos considerou, ao Jornal de Angola, “reprovável” a postura da candidatura de Isaías Samakuva. Teixeira Cândido disse que essa decisão viola o direito ao acesso às fontes de informação, atropelando a liberdade de imprensa.”

“O secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos considera que a partir do momento em que há um anúncio público da realização da actividade os jornalistas estão autorizados a cobrir o evento”, realça o JA, acrescentando que Teixeira Cândido disse que “o Sindicato dos Jornalistas Angolanos não pode ficar indiferente a esta atitude dos membros da UNITA”.

Embora ao Jornal de Angola falte legitimidade moral para criticar o comportamento da equipa de Isaías Samakuva, reconheça-se que tal atitude é criticável, até porque o líder da UNITA não deve aceitar que se faça ao órgão oficial do MPLA o que este faz aos jornalistas que não são afectos ao regime.

Ao fazê-lo, ou ao permitir que alguém o faça, Samakuva coloca-se ao mesmo nível daqueles para quem a liberdade dos outros acaba onde começa a deles, sendo que a deles não acaba onde começa a dos outros.

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4 Thoughts to “Samakuva expulsa jornalistas”

  1. O regime é muito confuso, os trabalhadores especialmente os seus. São um instrumento manipulador de informação e tudo mais, se podemos considerar, é uma equipe de Iluminantes em Angola, eu admirava alguns jornalistas, mas depois de perceber muito bem o funge que eles cozinham, feito com água do desgosto, sismei.
    Como é possível eles expulsão jornalistas não do regime, impedindo-os fazer cobertura de certo eventos deles ou manifestações, e quando lhes é feito, dizem que é um acto reprovável. Quer admitam ou não, Texeira Cândido é um possuído do regime assim como tantos outros.

  2. Vejo que as actitudes do Samakuva são positiva, om jornal de Angola mesmo tivece que reportar, não devia colocar na integra todas as informações, sofreria de sensura e muitas imparcialidade e isto ja é negativo pelos os responsaveis da comunicação social, o Jornal de Angola é um isntrumento do regime.

  3. HILÁRIO DOS SA NTOS

    Apesar do jornal de angola ser um instrumento de comuicação do mpla aPesar de ser manobrista o samakuva falhou em retirar os jornalistas do JA.

    1. Os estão contra a posição de samakuva, são cegos, dirigidos por outros cegos.

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