As duas sessões de venda do disco “Together”, do músico Yas Camambala, realizadas na cidade do Huambo, superaram as expectativas do autor, que promete realizar mais duas sessões, para satisfazer a procura.
Em declarações à Angop, em jeito de balanço, Yas Camambala mostrou-se surpreso com a adesão massiva do público nos locais onde esteve a comercializar a sua mais recente obra discográfica, marcando igualmente a apresentação oficial do disco no país.
“Sinceramente não esperava pela presença em massa das pessoas, aguardando ordeiramente em filas para adquirirem a obra, já que as sessões não foram publicitadas nos meios de comunicação social”, disse.
Apesar de não revelar números de exemplares comercializados, Yas Camambala disse que no próximo fim de semana vai voltar a comercializar o Cd, a pedido de algumas pessoas que não conseguiram adquirir por chegarem tarde aos locais onde o músico estava a autografar.
Yas Camambala anunciou que nas próximas sessões os cidadãos poderão também comprar o disco “Reconciliação”, lançado em 2008, já que, segundo ele, recebeu muitas solicitações do público aquando da venda da sua segunda obra.
O Cd “Together”, expressão que traduzida do inglês para o português significa juntos, comporta 14 temas cantados em vários estilos, com predominância para o Olundongo, típico da região do Huambo, associado ao jazz e outros ritmos da cultura de África.
Yas Camambala disse ter contado, neste novo trabalho, com a participação de instrumentistas sul-africanos, nigerianos, angolanos , zimbabweanos e congoleses, que tornaram a obra mais rica em termos rítmicos e com mais detalhes da diversidade da música tradicional do continente africano.
Yas Camambala explicou que os temas da obra abordam o convívio em sociedade, respeito, valores e união, apelando para a necessidade de as pessoas reflectirem constantemente acerca das múltiplas situações da vida, visto que uma vida sem reflexão perde a essência da identidade.
Formado em engenharia de som na especialidade de ritmos africanos, Morais Camambala, natural do Huambo, iniciou-se como músico no coro da Primeira Igreja Baptista local, há 27 anos.
A residir na África do Sul desde 2000, o músico, além de produtor, é proprietário de um estúdio de gravação e professor de música na vertente de voz, produção e arranjo musical, assim como manuseamento de flauta, guitarra e piano.