O antigo capitão da selecção nacional de futebol, Fabrice Maieco (Akwá), reconheceu hoje (domingo), em Luanda, a dedicação, empenho e o trabalho do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, para o desenvolvimento do desporto angolano.
Por Orlando Castro
É , contudo, evidente que não é só o desporto nacional que deve tudo a José Eduardo dos Santos. Todo o mundo desportivo, dos EUA à Coreia do Norte, do Brasil à Guiné Equatorial, deve muito (quase tudo) ao presidente angolano. Bastaria, por exemplo, perguntar aos especialistas em dar porrada, casos de George Foreman, Evander Holyfield ou Mike Tyson.
Ao falar no final da primeira edição do Torneio 10 de Dezembro, em velhas guardas, disputado no Campo Mário Santiago, a que assistiu o “querido líder”, ex-jogador realçou à Angop, que a presença de tão ilustre figura é a demonstração do seu grande apreço, dedicação e apoio ao futebol e ao desporto nacional.
Consta, alias, que a Polícia Nacional (do MPLA) também vai reivindicar “a presença de tão ilustre figura” sempre que desatar a dar porrada nos manifestante que teimam em pensar que Angola é um Estado de Direito, de modo a que todos entendam que essa presença “é a demonstração do seu grande apreço, dedicação e apoio”.
“É louvável a iniciativa de jogos como estes que reúnem aqueles que deram o seu contributo ao futebol do país, principalmente, com a presença do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que tem sido um grande suporte do desenvolvimento do desporto angolano”, disse Akwá sem, contudo, revelar o numero de militante do MPLA.
O torneio foi vencido pela selecção de velhas guardas da capital do país, ao bater a similar de Malanje, por 2-0, com golos marcados pelo mesmo Akwá e Lucas.
O goleador mor dos Palancas Negras, na ocasião em que recebia o troféu das mãos do “escolhido de Deus”, aproveitou para oferecer uma camisola da sua fundação “Kandengue habilidoso”, num gesto de agradecimento. A prova foi uma organização da empresa Crisgunza, em alusão ao 58º aniversário de fundação do partido MPLA.
Com mais esta demonstração da capacidade cirúrgica do regime em remover a coluna vertebral dos angolanos, bem como na sua divina capacidade de os pôr a pensar apenas com a barriga… vazia, fica demonstrado que – gostem ou não os Homens e Mulheres livres – o MPLA é Angola e Angola é o MPLA.