A África subsariana é uma nova fronteira para os investidores globais, mas os riscos políticos e económicos abundam, refere um relatório do Banco Nacional do Qatar, que aponta Angola e Moçambique como dois dos seis países mais promissores em 2015.
O Banco, citado pelo diário árabe The Peninsula, diz que “saber a diferença entre diamantes em bruto e simples pedras é essencial. Apontamos seis países que tiveram um forte desempenho nos últimos cinco anos e os mais promissores para a região em 2015: Angola, Quénia, Moçambique, Nigéria, Tanzânia e Uganda”. Diz mesmo que são “diamantes económicos reais”.
Lembrando o crescimento económico previsto pelo Fundo Monetário Internacional – 6,5% neste e no próximo ano -, o banco diz que “o país com a expansão económica mais acelerada é Moçambique”, que tem o seu crescimento “alicerçado nos grandes investimentos em mega-projectos e com investimentos estruturantes e substanciais no sector da energia”.
Angola é descrita como “o segundo maior produtor de petróleo a seguir à Nigéria e rica noutros recursos naturais como os diamantes”, e é apontado o excedente orçamental de 4,1% este ano e a previsão de 5,9% no próximo ano.
“A produção de petróleo diminuiu ligeiramente porque a produção declinou nalguns campos já antigos, mas o crescimento deve aumentar nos próximos tempos”, acrescenta a notícia que dá conta do relatório do banco.
Os aspectos positivos não escondem, no entanto, “os variados riscos que os investidores têm de enfrentar”, entre os quais “os problemas de segurança, os maus ambientes empresariais, a fraca implementação de projectos e as dúvidas sobre a sustentabilidade dos défices orçamentais e da dívida pública”.