Pequenas e médias empresas têm medo de África

Pequenas e médias empresas têm medo de África

Cerca de 40% das Pequenas e Médias Empresas (PME) mundiais não olham para a África como um mercado atractivo, com oportunidade de crescimento e de negócio, revelou um estudo realizado pelo The Economist Intelligence Unit (EIU).

O documento, divulgado na África do Sul, revela que enquanto muitas multinacionais e empresas estatais estão a aproveitar as oportunidades que o continente africano oferece, as PME estão a optar por negociar com outros mercados emergentes.

O estudo, que entrevistou 480 responsáveis de PME e especialistas de grupos de negócios em 12 países, concluiu que as estas empresas são dissuadidas pelo baixo consumo médio em África, pelos desafios culturais e de infra-estrutura, bem como pela corrupção e o risco político.

“O relatório ilustra os desafios que as PME enfrentam para o crescimento dos seus negócios a um nível global”, comentou editor do The Economist Intelligence Unit, Charles Ross.

Segundo o director da DHL Express (empresa que financiou o estudo) para África Subsariana, Charles Brewer, apesar dos desafios actuais para atrair o interesse e o crescimento, ainda existe um potencial inexplorado pelas PME no continente.

“O facto de as PME esperarem gerar mais de 50% de receitas internacionais até 2019 é um dado positivo e confirma as muitas oportunidades existentes em África, sobretudo para o crescimento e criação de emprego”, salientou o responsável.

No estudo, 84% dos inquiridos apontaram o desconhecimento dos mercados estrangeiros como outro factor para determinar a sua atractividade, uma vez que a maioria das empresas expande o seu negócio para mercados semelhantes.

“Devido às diversas culturas, línguas e costumes, é preciso muita pesquisa em cada região, e os produtos e serviços precisam ser adaptados especificamente a cada país. África não é um país”, enfatizou Charles Brewer.

O estudo destacou a importância das parcerias e apontou algumas “abordagens inovadoras” nesta área, como aproveitar a “boleia” de outras empresas para entrar no mercado da África subsariana.

De acordo com o relatório, a África Subsariana vai crescer a taxas de 5% em 2015.

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