Governo descobriu agora a segurança das barragens

O ministro da Energia e Águas de Angola, João Baptista Borges, anunciou hoje em Luanda a criação de um Plano Nacional de Segurança de Barragens para definir um programa de reabilitação gradual dessas infra-estruturas.

O governante angolano falava aos jornalistas à margem de um encontro com especialistas nacionais e estrangeiros, nomeadamente portugueses, para a recolha de contributos para a elaboração do referido plano.

Algumas barragens em Angola, admitiu o ministro, requerem atenção particular face à sua importância para a economia angolana.

João Baptista Borges referiu que o Plano Nacional de Segurança de Barragens vai favorecer a criação do Comité Angolano de Segurança de Barragens, em consonância com as normas e procedimentos do Comité Internacional das Grandes Barragens.

No discurso de abertura deste encontro, de dois dias, o ministro disse que o comportamento estrutural da maior parte das barragens angolanas é desconhecido, devido à falta de um acompanhamento contínuo do seu estado físico.

Acrescentou que o Plano Nacional de Emergência para a Água, que fica concluído no segundo trimestre de 2015, identificou já alguns empreendimentos hidroeléctricos e hidroagrícolas para construção.

“As nossas barragens requerem, algumas delas, atenção particular. Temos barragens em reabilitação como é o caso da Matala, que tinha uma condição estrutural má e neste momento está reabilitada”, exemplificou o ministro.

Entretanto, apontou que ainda existem barragens de produção de energia eléctrica a necessitar de intervenção, como o caso da estrutura do Biópio, além de outras que necessitam de “urgente reabilitação”.

João Baptista Borges sublinhou a importância de o Instituto de Recursos Hídricos consolidar a sua plataforma informática para o registo das barragens existentes no país.

Angola possui oito barragens de produção de energia eléctrica, casos de Capanda, Cambambe, Biopio, Gove, Matala, Luachimo, Chicapa, e Lomaúm. Ainda doze para fins de irrigação agrícola, nomeadamente Calueque, Cambumbe, Gandjelas, Quipungo, Chicungo, Chicomba, Calima, Dungo, Luinga, Quiminha, Neves e Sendi.

Artigos Relacionados

Leave a Comment