As empresas estrangeiras desinvestiram quase 4 mil milhões de dólares em 2013 em Angola, o que representa uma melhoria face aos 7 mil milhões desinvestidos no ano anterior, segundo um estudo das Nações Unidas sobre os Países Menos Desenvolvidos.
D e acordo com o relatório da Conferência para o Comércio e Desenvolvimento das Nações Unidas (UNCTAD) ‘Least Developed Countries 2014’ (LDC), “os fluxos de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) para os países exportadores de petróleo são altamente influenciados pela dinâmica dos fluxos em Angola, que é o maior exportador de petróleo e recipiente de IDE entre os LDC”.
Angola, pormenoriza o relatório, “continuou a registar um fluxo de IDE negativo, apesar de este desinvestimento ter declinado de aproximadamente 7 mil milhões, em 2012, para aproximadamente 4 mil milhões de dólares em 2013”.
O relatório, que passa em revista as políticas e o cumprimento dos objectivos definidos para o desenvolvimento económico e social, revela que os LDC africanos são os que recebem a maior percentagem do volume total de investimento estrangeiro, tendo recebido mais 2,5 mil milhões de euros do que no ano anterior, de um total de 21,8 mil milhões de dólares a nível global.
A nível geral, o documento confirma o que tem sido repetido na maioria das análises sobre estes 48 países mais pobres, nomeadamente sobre os países mais pobres em África: as altas taxas de crescimento da economia não estão a servir para melhorar as condições de vida das populações por causa da falta de reformas estruturais e de condições de acesso a um desenvolvimento social, fugindo à pobreza.