Em África faltam (bons) professores

Em África faltam bons professores

A contratação de professores com pouco ou nenhuma experiência, por conta da escassez global de profissionais da área, está a reduzir o progresso educacional de muitas crianças em idade escolar, de acordo com o alerta da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Tomando como motivo a comemoração do Dia Mundial do Professor no próximo domingo, a UNESCO relatou que pelo menos 93 países sofrem de escassez severa de professores, sendo a situação na África Subsaariana a mais grave. Cerca de 4 milhões de professores devem ser recrutados no mundo para atingir as expectativas dos Objectivos de Desenvolvimentos do Milénio em 2015.

De acordo com o estudo da UNESCO, num terço dos países menos de 75% dos professores do ensino primário receberam o treino apropriado. Em países como Angola, Guiné-Bissau, Senegal e Sudão do Sul, a taxa cai para menos de 50% de profissionais regularmente preparados.

A directora-geral da UNESCO, Irina Bokova, ressaltou que o sonho da educação primária universal de qualidade permanecerá distante para milhões de crianças nos países que tiverem professores com formação insuficiente nas salas de aula.

Os custos para capacitar os professores exigem aumento dos fundos nacionais para programas de educação. O director do Instituto de Estatística da UNESCO, Hendrik van der Pol, acrescentou que os orçamentos destinados à educação na África Subsaariana já aumentaram em 7% na última década. Caso esse investimento continue a aumentar de forma estável, a maioria dos países terá ao seu dispor os recursos necessários para contratar mais e melhores professores.

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