O vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, afirmou hoje, em Luanda, que a relação entre Portugal e Angola “é insubstituível” e que os dois países têm conseguido ultrapassar as dificuldades.
O governante português falava aos jornalistas à chegada ao aeroporto internacional de Luanda, onde participa no dia de Portugal na Feira Internacional de Luanda (Filda).
“Como sabem, Portugal e Angola têm uma relação que é insubstituível e nós sempre ultrapassamos as questões que existem entre os dois países para conseguir um patamar da relação ainda mais positivo”, disse Paulo Portas.
Angola foi o quarto maior mercado de exportação de Portugal em 2014, com vendas de 3.175 milhões de euros, um crescimento de dois por cento face ao ano anterior.
Mais 9.400 empresas portuguesas venderam para Angola em 2014, mas a crise económica decorrente da quebra das receitas fiscais angolanas com o petróleo fez entretanto reduzir as exportações portuguesas para este país em mais de 20%, entre Janeiro e maio deste ano.
“Toda a gente sabe que este ano não tem sido fácil, do ponto de vista da contracção de indicadores internacionais que afectam economias como a de Angola, mas nós temos absoluta confiança que com as medidas que já vão sendo tomadas isso é uma situação transitória”, defendeu o vice-primeiro-ministro português.
A Filda decorre até domingo, reunindo 800 expositores, de 40 países, dos quais 67 no pavilhão exclusivamente dedicado a Portugal, a maior representação no evento, tal como em edições anteriores.
“É uma feira muito importante, não apenas ao nível de Angola, mas em termos internacionais, com uma presença muito significativa de empresas portuguesas”, sublinhou Paulo Portas.
Durante a tarde, o governante marca presença junto da representação nacional nesta feira – que conta com 24 empresas expositoras estreantes -, no âmbito do dia dedicado pelo evento a Portugal.
“Portugal mostra mais uma vez o seu empenhamento em fazer parte do desenvolvimento de Angola”, sublinhou.
No âmbito da visita a Luanda, o governante português deverá ser recebido em audiência pelo vice-Presidente angolano, Manuel Vicente.