Os EUA afirmaram hoje que Cabo Verde tem-se afirmado como líder na questão da segurança regional na África Ocidental, considerando-o também um país modelo na boa governação e desenvolvimento da região. O regime divino e vitalício de José Eduardo dos Santos deve estar fulo.
“O s EUA reconhecem o papel de Cabo Verde como líder em matéria de segurança regional, pelo que aplaudimos o desempenho e esforço do país, que é um modelo na África Ocidental para a boa governação, desenvolvimento e parcerias a nível da segurança”, afirmou o embaixador norte-americano na Cidade da Praia, Donald Heflin.
O diplomata norte-americano falava durante a apresentação do exercício naval militar Saharan Express 2017, que hoje se inicia nas águas territoriais cabo-verdianas e que, até 27 deste mês, se estenderá às costas do Senegal e da Mauritânia, países que também participam nas manobras.
Nos exercícios, Portugal participa com cerca de 200 efectivos, oriundos da fragata Bartolomeu Dias e do avião de reconhecimento “P3 Orion”, que já se encontram na Cidade da Praia, ao lado de forças navais de Cabo Verde, EUA, França, Holanda, Turquia, Marrocos, Mauritânia, Senegal e Turquia.
As manobras contarão com mais de 1.000 efectivos de dez países, apoiados em nove navios e quatro aviões de patrulhamento marítimo, e visam garantir a segurança no Atlântico médio, afectado pelos tráficos de droga, armas e pessoas, pela pirataria marítima, terrorismo, pesca ilegal e poluição marítima e ambiental.
Durante uma semana, os exercícios terão em conta cenários de treino realistas e com implicações regionais para a estabilidade e segurança económica, que serão combatidos através de variadas tácticas, explicou a organização da iniciativa.
Da parte dos EUA, o contingente é liderado pelo vice-almirante Thomas Reck, director dos Programas de Parceiros Marítimos das Forças Navais Europa/África e Vice-Comandante da Sexta Frota norte-americana, em representação do Comando dos EUA para África (AFRICOM).
Subjacente à ideia dos exercícios navais e militares multinacionais, disse Thomas Reck na cerimónia, está a vontade de Washington em criar uma Rede Global de Marinhas em vários pontos do globo, sendo o Saharan Express um exemplo da cooperação a esse nível.
“Não há problemas grandes demais e não há contribuições pequenas demais para a Rede Global de Marinhas. As parcerias estabelecidas e testadas ajudar-nos-ão a superar os desafios que ameaçam a liberdade e a segurança dos bens comuns globais”, afirmou.
A série de exercícios Saharan Express integra o Programa APS (Africa Partnership Station), iniciativa internacional desenvolvida pelas Forças Navais norte-americanas na Europa/África para melhorar a protecção e segurança marítima na costa ocidental africana, como parte do programa de segurança cooperativa do AFRICOM.