Desde o início do ano que a UNITA dedica as suas acções à mobilização total para a mudança em 2017. Foi com esse espírito que o seu líder, Isaías Samakuva, esteve na província do Kwanza Sul, depois de ter visitado os municípios da Cacuaco, Sambizanga e Cazenga, em Luanda.
I saías Samakuva trabalhou nos municípios de Porto Amboim, Conda e Gabela, onde, nos encontros que manteve com as populações, quadros e com as autoridades tradicionais, transmitiu as teses da UNITA sobre a conjuntura actual do país, tendo indicado o caminho que, no seu entender, deve ser seguido pelos angolanos para mudar a situação de sofrimento que grassa na maioria dos angolanos.
Mudar o gerente da loja, numa alusão a José Eduardo dos Santos, é para Isaías Samakuva a solução mais indicada para a situação que Angola e os angolanos vivem.
Segundo afirmou, o sofrimento dos angolanos tem origem na incapacidade dos actuais governantes, que não apostam na agricultura para dar emprego a milhões de pessoas, num país rico em terras aráveis e fazem adormecer as riquezas no subsolo.
“Além da agricultura, para produzir alimentos, só o Kwanza Sul tem muitas riquezas naturais. O país tem ouro, cobre, diamantes, ferros, níquel, fosfato, magnésio, tem uma série de riquezas que exploradas dariam emprego para jovens, paras os homens e para as mamãs que estão aqui. Tudo isso está a dormir no solo”, explicou o líder da UNITA, que atribui o actual estado de coisas à incapacidade e falta de vontade política do gerente da loja.
Falando da situação económica, o Presidente Samakuva reiterou a posição do seu partido de não concordar com a propalada crise financeira, decorrente da queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
“Nós não concordamos com a forma como o país tem sido conduzido. Nós achamos que este país tem possibilidades, tem condições de fazer muito mais, que o nosso país fornece, faculta condições para aquele que governa fazer muito mais do que aquilo que estamos a ver no seio do nosso povo”, afirmou.
Ao longo do seu discurso, Samakuva não deixou de manifestar a simpatia pelas populações que se encontram em pobreza e em estado lastimável.
“Quando nós andamos pelo país, passamos pelas aldeias, percorremos longas distâncias e encontramos o nosso povo, as nossas mamãs, os nossos papás, num estado lastimável, a vivem à sua sorte, à custa da zunga, sem emprego, sem habitação condigna, sem água, sem os cuidados sanitários condignos”, afirmou, explicando que o trabalho do governante é procurar resolver os problemas do povo.
De acordo com o líder da maior força política na oposição, há países pobres onde o povo viver melhor do que o povo angolano que está num país cheio de riquezas.
“A conclusão a que nós chegamos é que os nossos governantes ou não sabem, não compreendem o trabalho que deviam fazer, não têm capacidade, ou não têm vontade política de fazer as coisas”, disse o líder da UNITA.