O bastonário da Ordem dos Médicos de Angola afirmou hoje que o número de médicos a trabalhar no país é ainda insuficiente, numa relação de um clínico por cada oito mil habitantes.
C arlos Alberto Pinto de Sousa falava à imprensa à margem do X Congresso Internacional dos Médicos, que hoje teve início e que decorre até terça-feira, em Luanda, organizado por aquela Ordem.
Segundo o clínico, a insuficiência de médicos deve ficar colmatada nos próximos anos com a execução do Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos.
“Estou em crer que nos próximos sete a oito anos, vamos cobrir o país inteiro com um número aceitável de médicos. Actualmente, a relação é de um médico por cada oito mil habitantes e estamos em crer que nos próximos cinco anos atingiremos um médico por cada três a quatro mil”, referiu o bastonário.
De acordo com o Carlos Alberto Pinto de Sousa, a cooperação com países estrangeiros “é boa”, salientando que durante este congresso será realizado um encontro com os bastonários da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para o reforço das relações.
“Queremos reforçar a cooperação no domínio da formação, fundamentalmente no domínio dos estágios e especializações médicas”, apontou Carlos Alberto Pinto de Sousa.
O bastonário defendeu, durante a sua intervenção, na sessão de abertura dos trabalhos, a necessidade de maior humanização da assistência médica.
“Poderá parecer estranho o que defendemos, pois que poderia retirar-se erradamente a ideia de que os médicos procediam anteriormente sem humanização. Não confundamos. O que pretendemos significar é uma preocupação constante que anima a nossa conduta”, referiu o responsável pela Ordem dos Médicos de Angola.