MAIS 9,44 MILHÕES PARA ADUBAR A PRODUÇÃO DE ARROZ

O Conselho de Administração do Fundo Africano de Desenvolvimento), a janela concessional do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, aprovou ontem, em Abidjan, uma doação de 9,44 milhões de dólares ao Centro de Arroz para África (AfricaRice) para reforçar a adaptação das cadeias de valor do arroz às alterações climáticas na África Ocidental.

No total, 13 países da região serão abrangidos pelo projecto, que é financiado pelo Fundo através da sua Acção Climática: Benim, Burquina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Senegal, Serra Leoa e Togo.

O projecto prevê aumentar a adopção de tecnologias e práticas de produção de arroz inteligentes face às alterações climáticas. No plano da produção, o projecto prevê melhorar a disponibilidade de sementes resilientes às alterações climáticas, reforçar os sistemas locais de sementes, melhorar a capacidade dos parceiros nacionais, reforçar a adopção de tecnologias e práticas de produção de arroz inteligentes face às alterações climáticas e melhorar o acesso dos produtores e transformadores de arroz aos serviços climáticos e aos sistemas de alerta precoce.

No plano da transformação, o projecto irá promover tecnologias e práticas de transformação do arroz e apoiar as empresas comunitárias e o sector privado na adopção de inovações resilientes às alterações climáticas nas cadeias de valor do arroz.

O projecto fornecerá sementes a 11 mil agricultores, dos quais 4.950 são mulheres e 6.600 são jovens. Formará 12.600 agricultores e transformadores de arroz, apoiará 65 pequenas e médias empresas, fornecendo-lhes equipamentos e estabelecendo relações entre empresas, e facilitará a prestação de serviços climáticos e sistemas de alerta precoce através de uma plataforma digital e de radiodifusão a dois milhões de beneficiários.

Além disso, o projecto criará 47 mil oportunidades de emprego, incluindo 8 mil empregos permanentes e 39 mil empregos sazonais em explorações agrícolas. Prestará assistência técnica à produção de sementes de base, formando agricultores, produtores de sementes e agentes de extensão sobre as melhores práticas em matéria de multiplicação de sementes de base.

“A estratégia deste projecto é reduzir a vulnerabilidade e reforçar a resiliência das cadeias de valor do arroz, desde a produção até à comercialização, passando pela transformação, ao mesmo tempo que se reduzem as emissões de gases com efeito de estufa, através da difusão e adopção de práticas e tecnologias inteligentes face às alterações climáticas”, afirmou Marwan Ladki, engenheiro principal de irrigação do Banco Africano de Desenvolvimento, responsável pela formulação do Projecto de Desenvolvimento de Cadeias de Valor Regionais Resilientes do Arroz na África Ocidental (REWARD), do qual o presente projecto constitui a componente de adaptação às alterações climáticas (REWARD-Adaptação).

O acesso dos produtores e transformadores de arroz a serviços climáticos e sistemas de alerta precoce também será melhorado através do reforço da infra-estrutura agrometeorológica e do acesso a informações climáticas, bem como garantindo a utilização eficaz dos sistemas de alerta precoce. Neste sentido, o projecto permitirá reforçar a rede de estações agrometeorológicas nos países visados, alargando e reforçando os sistemas de recolha de dados climáticos, a fim de ajudar os produtores e transformadores de arroz a obter informações meteorológicas em tempo real.

O projecto fornecerá e garantirá, nomeadamente, a entrada em funcionamento de quatro estações meteorológicas automáticas por país, o que melhorará a cobertura espacial e as capacidades de monitorização do clima em benefício das cadeias de valor do arroz na África Ocidental.

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