A União Europeia tem uma autorização oficial do governo angolano para pescar gratuitamente nos nossos mares. Mas os pescadores angolanos estão expressamente proibidos de pescar nos mares da União Europeia. Aqui fica mais uma vez provado que os maiores carrascos do povo angolano são os malditos políticos.
Por Malundo Kudiqueba
Autorizar que navios de pesca europeus explorem os mares africanos enquanto negam aos pescadores africanos o acesso aos mares europeus é um insulto contra todos africanos. Isso não é apenas uma questão económica, mas também uma afronta à dignidade e autonomia das nações africanas. Como podemos justificar uma situação em que os europeus colhem os frutos dos oceanos africanos, enquanto os africanos estão expressamente proibidos de pescar nas águas europeias?
A exploração dos recursos marítimos sempre foi uma questão sensível nas relações internacionais, e a disparidade entre a capacidade de pesca da Europa e da África evidencia uma clara injustiça. Enquanto as nações europeias continuam a pescar nos mares africanos, as restrições impedem que as nações africanas façam o mesmo nos oceanos europeus, destacando uma desigualdade que merece uma atenção crítica.
É crucial questionar a ética por trás desses acordos e exigir uma revisão significativa que promova a igualdade. A negação do acesso aos mares europeus para os pescadores africanos é não apenas economicamente prejudicial, mas também perpetua uma dinâmica colonial que continua a marginalizar a África.
As águas africanas, ricas em biodiversidade marinha, tornaram-se uma fonte valiosa para a pesca comercial. No entanto, a presença massiva de barcos de pesca europeus, muitas vezes operando sob acordos bilaterais, levanta questões sobre a equidade nessas relações. Enquanto a Europa colhe os frutos dos mares africanos, as nações africanas encontram-se em desvantagem, incapazes de explorar plenamente os recursos marítimos em frente às suas próprias costas.
As restrições impostas à pesca africana nos mares europeus, seja por regulamentações rigorosas ou por acordos desfavoráveis, perpetuam uma narrativa de exploração desigual. Essa assimetria não apenas afecta a segurança alimentar das nações africanas, mas também prejudica as economias locais, que poderiam se beneficiar significativamente da pesca sustentável.
Além disso, a exploração excessiva por parte da Europa muitas vezes resulta em práticas insustentáveis que ameaçam os ecossistemas marinhos. Isso não apenas prejudica a biodiversidade, mas também impacta negativamente as comunidades de pescadores locais, cujas vidas e meios de subsistência dependem directamente desses recursos.
É imperativo que se estabeleçam acordos mais equitativos, nos quais tanto a Europa quanto a África possam se beneficiar mutuamente dos recursos marinhos. Isso não apenas promoveria a justiça económica, mas também contribuiria para a conservação dos ecossistemas marinhos, garantindo que as futuras gerações possam desfrutar desses recursos de maneira sustentável.
A abordagem para a gestão dos recursos marítimos deve ser fundamentada na cooperação, no respeito mútuo e na busca por soluções que promovam a igualdade. Somente através de uma revisão significativa dos actuais acordos e práticas, se pode esperar uma verdadeira parceria que respeite o direito soberano das nações africanas de explorar e prosperar em seus próprios mares. A actual geração de políticos africanos nunca serão respeitados pela União Europeia mesmo oferecendo de bandeja todos recursos naturais e minerais do continente africano.
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