O “Código de Barras” da era JES (José Eduardo dos Santos), Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, acusado dos crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, tráfico de influência, associação criminosa e abuso de poder vai a julgamento no Tribunal Supremo na próxima terça-feira, 21 de Novembro.
Por Geraldo José Letras
Em declarações ao Folha 8, cidadãos atentos ao cenário político angolano consideram o acto mais “uma peça de teatro escrita por João Lourenço no capítulo ‘Perseguição sem Tréguas’ contra os que protegidos de José Eduardo dos Santos”.
“Quem diria?” interrogou com ironia o cidadão Lucas Fernando, antes de ser interrompido pelo activista político Nietzsche Arruaceiro que considera a acção movida contra Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” apenas um “bungle bangue da justiça politizada por João Lourenço para o inglês ver as coisas irreais da nossa nguimbi”.
O activista político Nietzsche Arruaceiro entende ainda que o julgamento contra “Kopelipa” é “mais uma demonstração de vingança de João Lourenço contra os que na era de José Eduardo dos Santos gozaram de poderes exagerados, tal como o próprio Lourenço, agora Presidente da República”.
“Nunca será o fim do temível do JES”, acrescenta o cidadão que desafia o Titular do Poder Executivo, João Lourenço, a tentar a mesma acção contra Fernando da Piedade Dias dos Santos, Higino Carneiro, Dino Matrosse, Luzia Inglês, e outros “se o próprio João Lourenço não vai cair num estalar de dados por Golpe de Estado silencioso?”, atirou.
O Gabinete de Comunicação Institucional e Imagem do Tribunal Supremo fez saber ao Folha 8 em nota de imprensa que “no mesmo processo que envolve Manuel Hélder Vieira Dias Júnior ‘Kopelipa’ estão arrolados, Fernando Gomes dos Santos, acusado dos crimes de burla contra o Estado por defraudação, falsificação de documentos, tráfico de influências, associação criminosa, branqueamento de capitais, e as empresas PLASMART INTERNACIONAL LIMITED e UTTER RIGHT INTERNACIONAL LIMITED também acusadas da prática dos crimes de burla por defraudação, falsificação de documentos, tráfico de influências e branqueamento de capitais”.
Vai dirigir a instrução contraditória a Veneranda Juíza Conselheira, Dra. Nazaré Pascoal.