O Governo angolano mantém a ambição de erradicar o analfabetismo no país, através da criação de mais salas de aula e da melhoria da habilitação profissional dos professores, reafirmou, esta sexta-feira, no município do Cazenga, em Luanda, o secretário de Estado para o Ensino Secundário, Gildo Matias José. Em Julho, a criatura afirmou que o Executivo está empenhado na formação de quadros, para impulsionar o aumento da produção agrícola. Aí está o exemplo de um analfabeto funcional que fala de tudo e não sabe nada.
Falando no acto central alusivo ao Dia Internacional da Alfabetização, Gildo Matias José disse que estas acções visam a redução do analfabetismo no seio dos jovens e adultos e, com uma preocupação redobrada, da jovem mulher nas zonas rurais e urbanas, assim como diminuir o atraso escolar.
No seu entender, não basta garantir que todos os angolanos (crianças e jovens) aprendam a ler e escrever, mas é preciso assegurar que, uma vez colocados no sistema educativo, elas cumpram, pelo menos, com a escolaridade mínima obrigatória, pois “o futuro de qualquer nação depende maioritariamente da educação” .
O (ir)responsável ressaltou a necessidade de se apostar no aumento da oferta de salas de aula, no treinamento de mais professores qualificados antes da sua função docente, para garantir o cumprimento da meta de se estancar esse mal.
“Os desafios são grandes e o apelo vai para aqueles que estão em condição de complementar o esforço público que o façam, porque estaríamos todos a contribuir para um bem maior, garantir o direito fundamental a educação”, enfatizou este perito em tudo.
Recorde-se que em Julho, o secretário de Estado para o Ensino Secundário, Gildo Matias José, afirma que o Executivo estava empenhado na formação de quadros, para impulsionar o aumento da produção agrícola. Se ele o diz é porque é mesmo… mentira.
E a “coisa” está de tal maneira que, recorde-se, até ministro da Agricultura e Florestas, Francisco de Assis, prometeu reforçar com meios técnicos o sector produtivo dos estabelecimentos prisionais do país para aumentar a produção agrícola.
Para Gildo Matias, o Executivo vai estimular a produção nacional através das reformas dos Institutos Técnicos Agrários (ITA), contribuir para a redução da insegurança alimentar e o combate à pobreza nas zonas rurais, desenvolvendo a produção agrícola e a cadeia de valor. Como certamente diria qualquer La Palice do MPLA, se os dirigentes do partido não tivessem o cérebro ligado aos intestinos, os intestinos não estariam ligados ao cérebro desses dirigentes…
Em Agosto de 2016, após Gildo Matias José ter dito que a morte do adolescente Rufino António, ocorrida a 6 de Agosto no Zango 3, “foi um acidente”, o site Central Angola 7311 publicou uma carta onde repudiou as declarações daquele então “pseudo-analista” feitas à televisão Zimbo.
Na carta aberta, os membros do site afirmam que Gildo Matias “deve estar muito equivocado”, mas garantem saber as reais motivações do mesmo: “queres atingir grandes patamares e promoções tal como os que te antecederam naquela cadeira [da mesa de debates] onde sentas hoje”.
Para ir “com calma” é o que lhe pediam na carta, pois “se o Rufino te ouvisse, não gostaria nada dessas tuas palavras tal como não gostamos”. Várias perguntas foram feitas na carta endereçada à “marionete mal ensaiada”, como é chamado Gildo Matias, como: “quando o general Wala mandou aquele ´exército´ todo armado até aos dentes foi por acidente?”, e ainda “por acaso as armas foram feitas por acidente?”. Mas nenhuma até agora teve resposta da parte do destinatário.
Entretanto, os jovens foram mais longe ao dizer que Gildo “nem sequer imagina a dor daqueles pais” e que “por isso andas de barriga cheia”.
“Pessoas como tu, com declarações iguais às tuas, é que estão a matar Angola. Estão a nos acabar aos poucos. Aliás, desafiamos-te a procurar os pais do menino e a dizer-lhe com a tua boca que foi um acidente”, recomendavam ao então comentarista.
É necessário, nos termos da carta, “parar de ajudar a matar pessoas com a tua boca”, e sugerem ao jovem: “concentra-te e vais ganhar respeito”, porque “és uma vergonha nacional”.
Na altura (2016) Mfuca Muzemba, jovem deputado à Assembleia Nacional pela bancada parlamentar da UNITA, também em reacção ao comentário do visado, disse: “alguém tem de dizer ao Gildo Matias que a lista para membros do Comité Central do MPLA já está fechada. Ouvir Gildo está a enjoar”.
No final da missiva, exigia-se a responsabilização criminal pelo assassinato de Rufino António, 14 anos de idade, assim como se pede punição aos assassinos de Cassule e Kamulingue, Hilbert Ganga e Mfulupinga.
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