É anormal este quadro assassino e de vergonhosa governação do regime (MPLA). Ninguém é suficientemente sábio e capaz de combater os males que assolam o país. O povo está a viver uma falsa “Reconciliação Nacional”, com o executivo a sacrificar a maioria dos angolanos com o lema “MELHORAR O QUE ESTÁ BEM E CORRIGIR O QUE ESTÁ MAL”, colocando nas margens da fome e miséria, que não se apagarão da memória de muitos, por mais que queiram certos formatados, bajuladores e imbecis do regime, convencer-nos do contrário.
Por Elias Muhongo
Hoje os dirigentes do executivo teimam em desconhecer a sensibilidades dos angolanos, agindo como verdadeiros filhos insensatos, desprovidos de inteligência, conhecimento e sabedoria, mas hábeis na feitura do mal e incapazes de fazer o bem, como enganadores, seduzidos pela hipocrisia, mentira e consciência marcada com ferro na brasa.
O país está a viver momentos sinuosos, dolorosos, dramáticos, numa roda onde se consolida, cada vez mais, o desnorte do espectro ideológico. Num século em que a libertação não deveria ter rosto nem ideologia, no esteio das imprescindíveis pontes da tolerância, liberdades e democracia cidadã, o Jornal Folha 8 seria o último Órgão de Comunicação Social Angolana a ser questionado sobre a liberdade de expressão, até porque é a prova viva da sua inexistência, pode colher a justificação de que o regime tem baixa escolaridade e não sabe muito de leis que ele próprio criou.
Antes da Independência Nacional de Angola, além das autoridades públicas, com as devidas restrições e discriminações, promoverem a melhoria das condições sociais, tinham igualmente em vista, o fortalecimento das relações entre proprietários rurais e trabalhadores de serviços, no sentido da preservação moral e espiritual das terras, o colono português soube “trabalhar mais e comunicar melhor” do que os 47 anos de existe do partido-Estado MPLA.
Lamentavelmente, agora o povo angolano está a chegar ao limite das forças com o actual método de governação que o fatiga de tal modo que o abandona sem emprego. O regime do MPLA, em 47 anos de poder absoluto, na direcção do país, nunca tão ostensivamente conviveu com uma cisão interna, transbordada para o exterior, pela própria liderança. O resultado dessa estratégia é imprevisível, supera o desfecho final, mas, já exala, no ar, um cheiro nauseabundo, que atrai os gaviões (corvos) em busca de carne putrefacta, como tem estado a afirmar o Jornalista e Director Geral do Jornal Folha 8, William Tonet.
O primeiro mandato do presidente do MPLA e da República, João Lourenço, chegou mesmo de apelar no dia 29.10.2020, em conclave partidário, aos jovens a não se deixarem manipular por aqueles que não têm condição de resolver os seus problemas em educação, saúde, habitação e emprego. O apelo deriva da manifestação do dia 24 do mesmo mês, onde os jovens chegaram para cobrar a promessa eleitoral da criação de 500 mil postos de trabalho e a degradação social e económica da população e, por via disso, foram reprimidos pela polícia, registando-se confrontos e mais de 100 manifestantes detidos.
O Presidente João Lourenço chegou de acusar a UNITA de ser responsável pela violência gerada, quanto aos problemas reivindicados pela juventude, dizia que, “já estão sendo resolvidos, à medida do possível, pelo executivo e os seus parceiros, o sector empresarial privado, para aumentar a oferta interna e reduzir as exportações, mas também para garantir mais postos de trabalho para os cidadãos e em particular para a juventude”.
Hoje nada é concretizado e o que se pede é que o Presidente da República GOVERNE para todos e com todos, para o país não soçobrar. Infelizmente, a formação partidária mais “rica” do mundo, pese controlar, transversalmente, todos os órgãos do poder de Estado, impondo o temor e a lei da bala, optou, também, em definhar, já com identidade desgarrada, para o abismo.
Como a fome mata e tem pressa, o estômago juvenil cobra, para além dos 47. Muitos dos desempregados carregam as faces crispadas por terem visto os assassinatos dos filhos, dos pais e parentes. Não é possível esquecer os requentes de extrema maldade que levou a amputar os seios de mulheres, a suspendê-las pelas pernas e depois a atirá-las contra as paredes, até morrerem, com as cabeças esmagadas, a degolá-las ferozmente.
Na memória de muitos ainda persiste o doloroso espectáculo e o genocídio de 27 de Maio de 1977, quer através da vivência, como dos livros escritos e os testemunhos dos sobreviventes, quando se fala de Angola e segundo o que temos estado a constatar, ouvir, ler e a vivenciar, parece não dispor de qualquer razão justa para isentar o regime seja de que culpa for. E, quando o dedo lhes é apontado à custa do anacronismo e falta de rigor cronológico, dizem: “ninguém leva a mal, não temos culpa, logo, é injusta a acusação que nos fazem”, isso porque Angola, um país onde tudo acontece e faz de conta. Os verdadeiros corruptos não são incomodados, nem investigados, raramente são acusados. Com os 20 milhões de pobres que estão no pior dos infernos, de pobreza e miséria, pela dificuldade de o executivo organizar a inversão da pandemia que “inventou” desde 1975.
O faz de conta que o povo tem uma democracia, faz de conta que vive em liberdade, faz de conta que tem um bom sistema de saúde, faz de conta que o sistema educativo funciona, faz de conta que vive muito bem com o salário mínimo, faz de conta que o povo elege os governantes, faz de conta que o povo vai ter uma bela velhice e boas reformas, faz de conta que o partido-Estado não deve nada a ninguém, faz de conta que a culpa é do Salazar e do Savimbi, faz de conta que o povo tem o Rei na barriga, faz de conta que não há pobreza nem exclusão social, faz de conta que o povo é auto-suficiente, faz de conta que o povo é culto e informado, faz de conta que nada de grave se passa neste país, faz de conta que povo é especial e importantes, e faz de conta que somos ricos!
Triste é. Ao longo dos 47 anos, as justificativas da má gestão, as opiniões sobre o desnorte e a demagogia barata, resultam da falta de um maior radicalismo dos partidos políticos da oposição, que por falta de unidade e coordenação, cada um propõe uma forma isolada de ver o país, mesmo nesta de aumento da pobreza e da miséria, como nunca antes. É preciso a união dos pontos da oposição para que se chegue a uma solução, capaz de servir todos angolanos de Cabinda ao Cunene. Infelizmente, é triste e lamentável dizer, mas, o povo e o seu executivo estão a viver uma fase de “Merditocracia”, “Burricetocracia”, “Estupideztocracia”, “Matumbicetocracia” e “Maluquicestocracia”, o único plano governativo, infelizmente, não criminalizado, pelos actos de gestão danosa, continuada no consulado do Presidente, João Manuel Gonçalves Lourenço.
Até, quando o povo vai continuar a viver numa sociedade em que a grande maioria apenas tem o DEVER de pagar e a minoria do regime, se arroga ao DIREITO de usufruir? Em nome da LIBERDADE, o regime MPLA “conquistou”, com a ajuda dos militares portugueses, em 1975, com a força das armas, o PODER, que o mantem, pela força das armas e fraude eleitoral, negando a LIBERDADE, de alternância, porque detentores de um falso “patriotismo”, igual a um jogo de futebol, praticado por onze “drácula mercenários”, com estúpida dentadura arrogante. Apesar de ninguém ser perfeito, mas é desumano o que está acontecer no país.
O regime MPLA fez de Angola um país de faz de conta. Não consegue restituir a autonomia financeira, para através do emprego e empreendedorismo, é um falso executivo e não consegue alavancar o país, restituindo o respeito internacional, a paz social e mais importante, resgatar a verdadeira Liberdade de Informação e de Expressão, Igualdade e Fraternidade, de que a maioria carece.
Infelizmente, o povo transformou-se em pedinte, a fome mata cada vez mais, a injustiça reina cada vez mais e a miséria extrema assola cada vez mais, muito mais haveria para dizer, mas digo que não é a fazer de conta, o povo é também uma cambada de parvos que não vê a “merda” mesmo à frente do nariz, continua imbecilmente a apoiar tudo aquilo que os trouxe ao pântano, tudo aquilo que os meteu na “merda” até ao pescoço.
Hoje o país vive 47 anos de existência de assassinato sem direito, liberdade de informação e expressão, o “Chip QI” da matumbice é Brutal. O povo está reduzido à condição de “escravo- miserável”, com a elevada inflação, com influência no custo de vida, que o coloca pior e quase perfeitamente domado, conformado e resignado a esta nova condição, que o é imposta pelo executivo do MPLA, liderado pelo Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço.