As autoridades do Mali devem reverter as suspensões das emissoras francesas Radio France Internationale e France 24 e permitir que a imprensa estrangeira trabalhe livremente, sustenta o Comité para a Protecção dos Jornalistas.
O Ministério da Administração Território e Descentralização do Mali suspendeu ambas as emissoras em 16 de Março, depois de as acusar de transmitirem “alegações falsas” sobre abusos por parte dos militares do país. Na quarta-feira, 27 de Abril, a Alta Autoridade de Comunicação do Mali (HAC) anunciou que essas suspensões seriam “definitivas”, de acordo com relatórios da RFI e da França 24 .
“As autoridades no Mali devem reverter sua decisão de tornar as suspensões do RFI e do France 24 ‘definitivas’ e cessar os seus esforços para impedir que os jornalistas cubram e distribuam notícias”, disse Ângela Quintal, coordenadora do programa África do CPJ: “A decisão das autoridades malianas de solidificar essas suspensões indica o quão comprometidas elas estão em negar às pessoas do seu país o acesso à informação.”
A empresa controladora estatal das emissoras, France Media Monde, anunciou que contestaria as suspensões, de acordo com esses relatórios. O CPJ ligou para a Alta Autoridade de Comunicação do Mali e enviou perguntas a Sambi Touré, director do centro de informações do governo, e Harbert Traoré, assessor técnico do Ministério das Comunicações, mas não recebeu nenhuma resposta.