Sete jovens voluntários portugueses partiram hoje para Angola, numa missão de um mês, depois de dois anos em formação com o Serviço Diocesano de Animação Missionária de Aveiro (SDAM).
“Foi preciso esforço e dedicação, tentar nunca faltar e mantermo-nos firmes, éramos para ir no ano passado, devido à pandemia não foi possível, e a persistência foi muito importante porque sabemos que há alguém à nossa espera”, explica Isa Rosa à Agência ECCLESIA, falando antes da partida.
A jovem estudante de Ensino Básico, na Universidade de Aveiro, conheceu o SDAM e o sonho de partir foi crescendo.
“Tenho a certeza que vai correr tudo bem e vou sair de lá mais crescida, vai-me fazer bem e espero que faça bem com quem me cruzar”, refere a jovem da paróquia de Esgueira, na diocese de Aveiro.
Já Mafalda Almeida estuda Psicologia na Universidade de Coimbra e tinha o sonho de partir.
“Desde criança que tinha este sonho, a minha mãe falava das crianças com necessidades e sempre quis partir para dar o melhor de mim, ajudar, este é o objectivo que levo na minha bagagem”, conta a jovem.
Antes de partir para Angola a jovem disse sentir-se preparada, “através dos testemunhos, experiências, e da parte religiosa” e sonhava em “dar catequese, animar jovens, fazer actividades e ensinar a língua”.
“Sinto que esta experiência vai fazer parte da vida pessoal mas também da vida profissional”, assume a futura psicóloga.
Maria João Salgado, da paróquia Nossa Senhora de Fátima, na diocese de Aveiro, é outra das jovens que compõe o grupo de sete voluntários que partiram para Angola.
“Sou estudante de Medicina, na Universidade de Lisboa, e o tempo de formação foi muito complicado, ter de jogar som as disponibilidades, foi difícil, confesso, mas na minha paróquia sempre ouvimos os testemunhos de voluntários e o bichinho que havia aqui dentro foi crescendo”, recorda.
A jovem aveirense referiu que um dos objectivos a que se propõe é a “promoção de hábitos saudáveis, seja a alimentação, o exercício físico e higiene oral”.
“Sabemos que vamos encontrar realidades diferentes e isso é que nos vai enriquecer, quero ir de mente aberta e depois a missão começa a partir de aí, porque na nossa vida do dia-a-dia a missão também existe”, aponta.
Para Angola partem sete jovens voluntários, indo três para Calulo e quatro para Dondo, sendo acolhidos na comunidade local dos Salesianos.
Henrique Silva, natural de Lisboa, é o único rapaz do grupo e segue para Calulo.
“Estudo na Universidade de Aveiro, liguei-me ao SDAM, e andava há algum tempo para fazer voluntariado e isso chamou-me a atenção, mas não estou ligado à Igreja”, assume.
O jovem estudante de Engenharia de Computadores, com família em Angola, parte para esta experiência de um mês, como “adaptação” para depois “ir numa missão maior”.
“É um objectivo que tinha para fazer ainda em idade jovem, tenho família em Angola e uma das vezes que visitei apercebi-me das faltas que havia, nomeadamente da falta de acesso à educação, desde aí tinha na ideia de ir ajudar e dar aulas”, recorda.
Agência Ecclesia