A petrolífera norueguesa Statoil anunciou hoje o cancelamento de um contrato de meios de prospecção no ‘offshore’ angolano, na bacia do rio Kwanza, após concluir os trabalhos nos blocos 38 e 39 identificando resultados “decepcionantes”.
A Statoil admite, por um lado, a potencialidade petrolífera desta área, mas também a necessidade de “mais tempo” para “avaliar” os resultados da prospecção realizada e para “amadurecer” eventuais futuras operações na área.
“Os custos de encerrar as operações e serviços associados, incluindo o contrato da plataforma ‘Stena Carron’ [navio de prospecção] serão contabilizados no quarto trimestre com um valor aproximado de 350 milhões de dólares [278 milhões de euros]”, acrescenta a informação.
A petrolífera norueguesa anunciou a 04 de Setembro a conclusão da exploração do primeiro poço de pesquisa no bloco 39 sem ter encontrado hidrocarbonetos. De acordo com informação, a perfuração naquele bloco foi concretizada até ao nível de pré-sal, como era objectivo da campanha.
A Statoil é um dos principais operadores na camada do pré-sal angolano, onde participa na exploração de oito poços, distribuídos por cinco blocos e em 2013, produziu em Angola, cerca de 200 mil barris de petróleo diários.
A empresa norueguesa anunciou em Julho um acordo para a venda de uma parte das participações que detém nestes dois blocos de produção de petróleo (38 e 39) à colombiana Ecopetrol, que pretende operar em Angola.
Prevê a venda de 10% de participação em cada bloco, operação que, de acordo com a Statoil, visa financiar uma “extensa campanha de perfuração” na bacia do Kwanza.
Depois da concretização destes negócios, cujos montantes não foram revelados, a Statoil garante que continuará a ser operador em ambos os blocos, em águas profundas.
A plataforma continental angolana é “o maior contribuinte para a produção de petróleo da Statoil fora da Noruega”, sendo “um alicerce fundamental para o crescimento da produção internacional”, destaca a empresa.