UNITA, CASA-CE e PRS consideram que ministro do Interior (Eugénio Laborinho) e comandante-geral da Polícia Nacional do MPLA (Paulo de Almeida) deviam ser exonerados. Para a oposição, autoridades tiveram “comportamento pouco digno” após incidente no Cafunfo. Será que ainda ninguém percebeu que Angola não é um Estado de Direito Democrático?
Num comunicado divulgado após uma reunião que decorreu hoje, em Luanda, os representantes parlamentares da UNITA, CASA-CE e PRS defenderam a demissão do ministro do Interior, Eugénio Laborinho, e do comandante-geral da Polícia Nacional (do MPLA), Paulo de Almeida, salientando que “no Estado democrático de direito os cidadãos têm o direito de reunião e manifestação pacífica, ordeira e sem armas, nos termos da Constituição e da lei”.
Têm razão. No entanto, é preciso lembrar a esses partidos que a definição de “Estado Democrático de Direito” varia muito. No caso do MPLA, Angola deve ser um “Estado Democrático de Direito” do tipo Coreia do Norte, ou do tipo República Popular de Angola da época em que era presidente Agostinho Neto e em que não havia tempo para “perder tempo com julgamentos”.
No sábado, participantes de uma manifestação promovida pelo Movimento do Protectorado Português Lunda Tchokwe (MPPLT), terroristas segundo a terminologia do Kim Jong-un do MPLA, Eugénio Laborinho (ou será João Lourenço), e as forças de segurança do tal “Estado Democrático de Direito” envolveram-se em confrontos no Cafunfo.
Mais exactamente, de um lado estavam os impolutos arautos e defensores do tal “Estado Democrático de Direito”, e do outro aqueles que, sem sucesso, têm tentado cumprir a ordem superior do MPLA para que aprendam a viver sem… comer. Como têm falhado nesse desiderato revolucionário, a paga já não pode ser “panos ruins, peixe podre, fuba podre, 50 angolares e porrada se refilarem”. Tem mesmo de ser tiros na cabeça.
A Polícia do MPLA informou que cerca de 300 pessoas ligadas ao Movimento do Protectorado Português Lunda Tchokwe (MPPLT), que há anos defende a autonomia daquela região, tentaram invadir, no sábado, munidas de metralhadoras, uma esquadra policial e, “em legítima defesa” as forças de ordem e segurança atingiram mortalmente seis pessoas.
A versão policial é contrariada pelos dirigentes do MPPLT, partidos políticos na oposição, organizações internacionais, sociedade civil local (incluindo a Igreja Católica), que falam em mais de uma dezena de mortos. Acresce que os mortos (Paulo de Almeida esclarecerá que eles, antes de morrerem, estavam vivos) mesmo assim tiveram sorte. É que o inqualificável Comandante da Polícia chegou a pensar pedir apoio à Força Aérea. Se o tivesse feito, os mortos iriam morrer… mais do que uma vez!
Os representantes parlamentares (meras figuras decorativas no tal “Estado Democrático de Direito” importado de Pyongyang) salientaram, no comunicado, os motivos, entre muitos outros, das reivindicações na Lunda Norte: “A falta de tudo o que é básico para a sobrevivência humana, nomeadamente água potável, energia eléctrica, alimentação de qualidade, educação de qualidade, assistência médica e medicamentosa de qualidade, emprego, salários compatíveis com o custo de vida, que é dos mais caros do país, estradas”.
No seguimento dos incidentes de sábado, cinco deputados da UNITA e dois activistas deslocaram-se para o Cafunfo, mas ficaram retidos a cinco quilómetros da entrada da vila mineira. Situação que, para a UNITA, CASA-CE e PRS, além de “uma humilhação para membros de um órgão de soberania, é um atentado à dignidade, aos direitos humanos e uma forte violação à lei fundamental da República de Angola”.
Nada a fazer. Esta malta da Oposição anda, com certeza, a fumar coisas estranhas. Essa de o Parlamento ser um órgão se soberania é mesmo para rir. Por alguma razão os polícias que impediram a passagem destes deputados (se fossem do MPLA haveria até uma passadeira vermelha) se fartaram de rir, embora sem tirar o dedo do gatilho.
“Não podemos aceitar que os nossos colegas deputados sejam tratados sem o mínimo de dignidade por parte de agentes da autoridade, em clara violação do artigo 1.º da nossa Constituição que estabelece o princípio da dignidade da pessoa humana”, referiram na nota. Mas, então, os deputados não representam o Povo? Se representam, terão pensado os sipaios do Comandante Paulo de Almeida, devem ser tratados como Povo. E se, para o MPLA, o Povo é uma espécie menor de gente, escravos, ou há igualdade ou todos levam porrada.
Os grupos parlamentares consideraram que, “pelo comportamento pouco digno, quer do ministro do Interior, quer do comandante-geral da Polícia Nacional, ambos deviam colocar os seus cargos à disposição, por terem prestado um mau serviço à democracia e à paz, já por si só frágeis”.
“Ou na eventualidade de não terem essa decência, o Titular do Poder Executivo exonerar estes seus auxiliares”, exortaram. É verdade. Mas como, afinal, são todos fuba do mesmo saco, siga a orgia dos vampiros.
Na nota, exigiram ainda “a reposição da ordem e do direito dos deputados”, apelando ao executivo que os mesmos “sejam incondicionalmente autorizados a entrar na Vila do Cafunfo, exercendo a sua actividade parlamentar junto do eleitorado”.
Folha 8 com Lusa
QUERO LEMBRAR A TODOS DA OPOSIÇAO QUE QUANDO O MINISTRO LABORINHO AFIRMOU NO DIA 3 DE ABRIL DE 2020 QUE NAO DAVA REBUÇADSOS NEM CHOCOLATES AO POVO, EU ENVIEI O CURRICULO COMPLEO DO MINISTRO LABORINHO A MAIOR NUMERO DE INTELECTUAIS E OPOSITORES .
TARDE PIARAM A OPOSIÇAO E C& DESDE AS OPERAÇOES MILITARIZADOS AO DISCURSO DE 3 DE ABRIL DE HÁ UM ANO.
A UNITA. CASA.E E PRS TRATEM-SE MAIS OS ACTIVISTAS. CPTOS A FOLHA8