A avaliação da imagem de Angola no exterior tem vindo a melhorar, passando de um nível equivalente a “pobre” para “vulnerável”, segundo um estudo internacional.
De acordo com o Country RepTrak 2014, estudo realizado pelo Reputation Institute (RI), a “reputação de Angola continua a melhorar de forma consistente e sistemática desde 2011”, registando uma subida de 5,6 pontos percentuais.
Com trabalho de campo realizado entre Janeiro e Junho de 2013, o estudo envolveu um painel com 115 mil pessoas de 33 países, através de uma consulta electrónica que avaliou, a partir do exterior, “a confiança, a admiração, o respeito e a afinidade” em Angola (entre outros Estados), através de uma análise aos ambientes governativo, económico e social.
Globalmente, segundo informação da RI, empresa de consultoria que opera há 12 anos na área da reputação de marcas, a imagem exterior de Angola atingiu o índice de 40,2 pontos nesta avaliação, correspondente a “vulnerável”.
Em 2011, Angola estava classificada como “pobre”, o mais baixo na escala desta avaliação, de cinco níveis.
As conclusões do estudo, que avalia a confiança, a admiração, o respeito e a afinidade dos países, enfatizam que a “percepção” do público em geral, residente fora de Angola, “continua a melhorar nas três dimensões avaliadas”, apesar de ainda permanecer em campo negativo.
Em termos de ambiente governativo e económico, respectivamente 39,1 e 39,3 pontos, está no nível “pobre”, enquanto no ambiente social (49,2 pontos) subiu para “vulnerável”.
A melhor pontuação entre os 16 atributos – dos três ambientes – analisados prende-se com a beleza natural, em que Angola atingiu os 57,3 pontos, categoria que em 2011 valia 53,5 pontos.
A segurança e notoriedade de marcas próprias apresentam o pior registo deste estudo, com cerca de 37,5 pontos.
Na mesma informação, o representante em Angola da IR, entidade presente em 28 países, sublinha a “consistência” e “melhoria sistemática” destes resultados.
Pedro Tavares recorda que a reputação de um país “é fundamental” para a credibilidade geral, mas “nomeadamente na área económica”, podendo “ajudar Angola a consolidar o crescimento de uma forma mais sustentável”.