Já é habitual o Victor dos recados encomendados pelo partido que o colocou no poleiro do jornal da Angola do MPLA, vir à sanzala na tentativa de manipular mentalidades, com os argumentos falaciosos do partido que fuzilou dezenas de milhar de angolanos e iniciou a guerra civil no nosso país.
Por Domingos Kambunji
Neste aspecto, a prática continua a ser bastante consistente, seguindo a linha subserviente de anteriores kapangas que dirigiram este boletim de propaganda demagógica, sobrevivendo como parasita dos dinheiros públicos, o dinheiro dos angolanos.
O Victor dos recados encomendados pelo MPLA para exercer essas funções não ganha 21 454 kwanzas (60.33 euros) por mês, o salário mínimo nacional, aufere mensalmente muitíssimos salários mínimos nacionais para publicar conversa de lana-caprina.
É uma chatice não poder controlar a narrativa e ter de enfrentar raciocínios críticos de pessoas que, nas redes sociais, não estão dependentes do poder despótico, não é verdade Victor dos recados? É uma chatice haver pessoas a “violar o Código de patÉtica”, imposto pelo MPLA, que vocês designam por “fake news” (notícias falsas), mas são um retrato fidedigno da realidade social na Re(i)pública da Angola do MPLA, aquela que o jornal da Angola do MPLA tenta disfarçar
Quando ouvimos dizer que o MPLA aprovou um Código de Ética para as Redes Sociais ficámos logo desconfiados. O que estará o MPLA a aprontar agora? Que atentados e crimes está a organizar e irá cometer para depois se refugiar nesse código de ética patética tentando representar um papel de virgem inocente?
A verdadeira Ética tem os seus alicerces em paradigmas que defendem os Direitos Universais do Ser Humano, a Honestidade e a Verdade.
Quais foram e são os paradigmas que o MPLA usou para redigir o Código de Ética Patética?
Os paradigmas que usaram para iniciarem a guerra civil em Angola? Os paradigmas em que se acobardou para fuzilar dezenas de milhar de angolanos no 27 de Maio de 77? Os paradigmas que defenderam para matar zungueiras? Os paradigmas para raptar e fuzilar o Cassule e o Camulingue? Os paradigmas para defender a paz podre para a roubalheira, que eufemisticamente designou por “acumulação primária de riqueza”? Os paradigmas para controlar o tornar subserviente o poder judicial? Os paradigmas para espancar nas esquadras da polícia e nas ruas, prender e condenar a penas de prisão mulheres, jovens, jovens adultos e crianças, por estas defenderem a implantação de uma democracia?
Como é que um partido que se revelou e revela muito alérgico à Ética tenta enganar as pessoas apresentando-se como defensor destes valores?
No período pré e pós independência, o MPLA também tentou passar a imagem que iniciou e continuou a guerra civil em Angola para defender o povo. Foram filhos do povo, na esmagadora maioria pobres, que morreram na guerra para defenderem os grandes vigaristas do MPLA e uma ideologia que se revelou um enorme fracasso.
A observação da subserviência do Victor dos recados do MPLA é uma situação bastante cómica que acontece num país com acontecimentos sociais bastante trágicos.
Donald Trump não tem sido moderado a classificar órgãos de informação como “Fake News”, entre eles a CNN, o Washinghton Post e o New York Times. O reverso da medalha reside no facto de estes órgãos de comunicação social demonstrarem que as notícias são verdadeiras e o presidente norte-americano já proferiu nove mil mentiras, só em dois anos de mandato, quase tantas como o jornal da Angola do MPLA nas últimas quatro décadas.
Um dos países mais especializados na divulgação de notícias falsas é a Rússia, o patrão do MPLA. Durante a passada semana decorreu um cortejo carnavalesco do partido governamental angolano, acompanhando o chefe do bando numa deslocação a Moscovo para prestar vassalagem a um criminoso que manda fuzilar jornalistas e adversários políticos por desmascararem as suas vigarices. A grande ironia reside no facto de o chefe ter ido condecorar o ditador russo com a ordem do maior criminoso de Angola, o “comandante-chefe” dos fuzilamentos do 27 de Maio, Agostinho Neto. Onde está a Ética nesta cerimónia carnavalesca?
É palerma o argumento do Victor dos recados com a utilização da designação “Fake News” para antagonizar a informação nas redes sociais. Haverá no mundo inteiro um boletim de informa(ta)ção propagandística que consiga superar a elevada quantidade de mentiras publicadas pelo jornal da Angola do MPLA? Muitas dessas mentiras são tão matumbas que só pessoas com demasiados atrasos no processamento mental foram/são capazes de acreditar nessa bazófia.
O Victor dos recados do MPLA talvez já se tenha esquecido de que houve jornais das redes sociais a vencerem o Prémio Pulitzer de Jornalismo, o mais prestigiado galardão a nível mundial. O jornal da Angola do MPLA já venceu alguma vez o prémio que atribuem no nosso país aos “cabeças de maboque”?
A terminar voltamos a recordar que foi numa edição online (redes sociais) e em papel que o jornal da Angola do MPLA publicou uma crónica do actual Ministro da Propaganda e Educação Patriótica, João Melo, defendendo a organização de contra-manifestações para combater as manifestações de cidadãos angolanos defendendo a implantação da democracia na Re(i)pública da Angola do MPLA.
Nós sabemos que a implantação da democracia em Angola continua a ser uma utopia ou quimera e é, principalmente por isso, para manter o “status quo”, que o Victor dos recados é sipaio num órgão de informa(ta)ção, parasita do dinheiro público.
É por tudo isto que consideramos hilariante ver e ouvir sipaios do MPLA formatados em Cuba e na Rússia, a tentarem dar-nos lições sobre o que é a Ética, a Liberdade de Opinião e Informação e a Democracia.