O Presidente da República, João Lourenço, anunciou hoje, através das suas contas no Facebook, Instagram e Twitter, o lançamento do aplicativo “Qualificar”. Desta forma, todos os angolanos, mesmo os 20 milhões de pobres, sejam jovens ou não, sejam do MPLA ou do… MPLA, podem cantar e rir.
“Sempre defendi que apostar nos jovens é apostar no nosso futuro. Acredito que o caminho para o sucesso depende da dedicação aos estudos e ao trabalho. É com satisfação que anuncio o lançamento do Aplicativo Móvel Qualificar. Estás preparado?”, refere o Presidente.
O “Qualificar” vem facilitar o acesso à informação sobre mais de três mil cursos repartidos entre os diversos níveis de ensino e formação, nomeadamente: Ensino Secundário Técnico, Ensino Superior, Ensino Pedagógico, Formação Profissional e Formação para a Administração.
Este aplicativo constitui um serviço público de consulta da oferta formativa, abrangendo mais de 500 instituições de ensino e formação, distribuídas pelas 18 províncias do país.
O aplicativo “Qualificar” inclui a oferta formativa assegurada pelas instituições tuteladas pelos diversos ministérios com atribuições no domínio do ensino e formação, sendo eles: Ministério da Educação; Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação; Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social; Ministério da Administração do Território e Reforma de Estado e Ministério da Economia e Planeamento.
Compatível para vários dispositivos móveis, o “Qualificar” é totalmente gratuito e já se encontra disponível para instalação na Play Store e Apple Store. Os utilizadores poderão efectuar a sua pesquisa por curso, por província e por área de conhecimento.
Com este aplicativo os angolanos passam a ter acesso a informação sobre os vários cursos disponíveis no país, incluindo sectores prioritários como a agricultura e pescas.
O “Qualificar” é o maior portal de oferta formativa de todo país. Com este aplicativo, o Governo disponibiliza uma plataforma digital de consulta para todos os estudantes que poderão optar por um curso técnico-profissional ou superior, ou ainda, seguir a carreira de professor, e igualmente para todos os angolanos que pretendam apostar na melhoria contínua das suas competências.
Todos, jovens incluídos, podem cantar e rir
João Lourenço reafirmou no dia 10 de Maio de 2017, em Luanda, a sua tese de que somos quase todos matumbos. Fê-lo ao dizer que o MPLA vai lutar contra a corrupção, má gestão do erário público e o tráfico de influências, bem como apostar na juventude.
João Lourenço discursava no acto de apresentação pública do Programa de Governo 2017-2022 do MPLA e do seu Manifesto Eleitoral, e sublinhou que o programa do MPLA para os próximos cinco anos “é coerente e consistente”, mas salientou que para a sua aplicação, “de modo efectivo e com sucesso”, são precisas instituições fortes e credíveis.
Tinha e tem razão. Para o MPLA manter a sua coerência e consistência lá continuaremos a ter Angola no topo do ranking dos países mais corruptos do mundo, tal como lidera o ranking mundial da mortalidade infantil.
“Para a efectiva implementação deste programa temos de ter os homens certos nos lugares certos”, referiu João Lourenço, efusivamente aplaudido pelos militantes presentes.
Ainda de acordo com João, o MPLA vai “promover e estimular a competência, a honestidade e entrega ao trabalho e desencorajar o ‘amiguismo’ e compadrio no trabalho”.
De facto, apesar de uma forte concorrência dentro do MPLA, João Lourenço lidera as candidaturas ao anedotário mundial. O seu principal contributo começou quando, no dia 28 de Fevereiro de 2017, prometeu um “cerco apertado” à corrupção, que está a “corroer a sociedade”, e o fim da “impunidade” no país.
A primeira apresentação pública da sua candidatura ao anedotário mundial aconteceu no Lubango, perante mais de 100.000 (ou um milhão) apoiantes, segundo números da organização, João Lourenço destacou aquilo que o regime sempre negou ou minimizou: que a corrupção em Angola é um “mal que corrói a sociedade”, prometendo combatê-la.
Embora saiba que Angola é um dos países mais corruptos do mundo, suavizou a questão dizendo que a corrupção é um fenómeno que afecta todos os países. João Lourenço advertiu que o problema é a “forma” como Angola encara o problema: “Não podemos é aceitar a impunidade perante a corrupção”.
Como anedota passou a ser séria candidata a figurar no top da enciclopédia mundial que reúne as melhores piadas do mundo onde, aliás, figuram muitas outras protagonizadas por excelsos correligionários de João Lourenço, com destaque para sua majestade o rei José Eduardo dos Santos.
“O MPLA reafirma neste programa de governação o seu compromisso na luta contra a corrupção, contra a má gestão do erário público e o tráfico de influências”, reitera João Lourenço sempre que abre a boca, acrescentando que o partido conta com “os angolanos empenhados na concretização do sonho da construção de um futuro melhor para todos”.
“Vamos contar com aqueles que estão verdadeiramente dispostos a melhorar o que está bem e a corrigir o que está mal”, disse João Lourenço, admitindo que o “MPLA tem consciência de que muito ainda há a fazer e que nem tudo o que foi projectado foi realizado como previsto”. Por outras palavras, se ao fim de quase 43 anos de poder, 16 de paz total, o MPLA só conseguiu trabalhar para que os poucos que têm milhões passassem a ter mais milhões, esquecendo os muitos milhões que têm pouco… ou nada, talvez seja preciso manter o regime do MPLA mais 57 anos no poder.
“Contudo, o país tem rumo e estamos no caminho certo, no sentido da satisfação progressiva das aspirações e dos anseios mais profundos do povo angolano”, diz João Lourenço. Provavelmente, talvez graças ao aplicativo “Qualificar” seja possível verificar em vez de 20 milhões de pobres Angola tem agora apenas 19.999.000…
Segundo João Lourenço, para que todos os angolanos beneficiem cada vez mais das riquezas do país, o MPLA tem como foco no seu programa de governação para os próximos cinco anos dar continuidade ao seu programa de combate à pobreza e à fome, bem como o aumento da qualidade de vida do povo.
(Façam o favor de rir. A piada é digna de uma monumental gargalhada.)
Para a juventude, a franja da sociedade a quem o MPLA atribui “importância fundamental nos processos de transformação política e social de Angola”, João Lourenço disse que vai continuar “a contar cada vez mais com os jovens nas imensas tarefas do progresso e do desenvolvimento”.